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Implante reduz crises de estudante
DA REPORTAGEM LOCAL
A estudante carioca B.P., 21, talvez tenha sido a primeira brasileira a receber o "estimulador vagal"
fora do Brasil. Foi em 99, em Cleveland, nos EUA.
"Ela tinha em média uma crise
por dia, vivia apática, os olhos parados, abatida pelo excesso de
medicamentos. A cada crise ela
caía e se machucava, abriu o queixo cinco vezes seguidas, até que
contratamos alguém para segurá-la o tempo todo. Teve que parar
os estudos, não podia trabalhar."
O relato é do pai, Luiz P, corretor de seguros, que levou a filha
aos EUA na esperança de uma cura. Foi lá que soube do implante e
resolveu tentar. O seguro pagou.
Hoje, B.P. retomou o curso na
faculdade e está refazendo o grupo de amigos. Muitos achavam
que ela era "drogada" ou "bêbada". "Hoje ela tem uma crise a cada dois meses, bem mais leves,
não cai mais bruscamente", diz o
pai. De acordo com informações
dos médicos, a jovem está entre os
30% que se beneficiam muito
com o implante.
Os dois pacientes que foram
submetidos à operação na quarta,
no Brigadeiro, ainda deverão esperar alguns meses para avaliar os
benefícios. O implante atinge sua
melhor atuação um ano e meio
depois de implantado.
Um dos pacientes é uma estudante de 16 anos, que já passou
por cirurgia convencional. Com a
operação, as crises, que eram diárias, caíram para uma a cada mês.
O outro paciente é um vendedor autônomo de 33 anos, que
também tinha crises diárias e passou a tê-las a cada 50 dias.
(AB)
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