São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2001

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Implante reduz crises de estudante

DA REPORTAGEM LOCAL

A estudante carioca B.P., 21, talvez tenha sido a primeira brasileira a receber o "estimulador vagal" fora do Brasil. Foi em 99, em Cleveland, nos EUA.
"Ela tinha em média uma crise por dia, vivia apática, os olhos parados, abatida pelo excesso de medicamentos. A cada crise ela caía e se machucava, abriu o queixo cinco vezes seguidas, até que contratamos alguém para segurá-la o tempo todo. Teve que parar os estudos, não podia trabalhar."
O relato é do pai, Luiz P, corretor de seguros, que levou a filha aos EUA na esperança de uma cura. Foi lá que soube do implante e resolveu tentar. O seguro pagou.
Hoje, B.P. retomou o curso na faculdade e está refazendo o grupo de amigos. Muitos achavam que ela era "drogada" ou "bêbada". "Hoje ela tem uma crise a cada dois meses, bem mais leves, não cai mais bruscamente", diz o pai. De acordo com informações dos médicos, a jovem está entre os 30% que se beneficiam muito com o implante.
Os dois pacientes que foram submetidos à operação na quarta, no Brigadeiro, ainda deverão esperar alguns meses para avaliar os benefícios. O implante atinge sua melhor atuação um ano e meio depois de implantado.
Um dos pacientes é uma estudante de 16 anos, que já passou por cirurgia convencional. Com a operação, as crises, que eram diárias, caíram para uma a cada mês.
O outro paciente é um vendedor autônomo de 33 anos, que também tinha crises diárias e passou a tê-las a cada 50 dias. (AB)

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