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ASSALTO A BANCO
Mais de 12 ladrões invadiram a casa de familiares do vigia da agência do Banespa no dia anterior
Ação em Piracicaba faz mais de 20 reféns
RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS
Pelo menos 12 homens fortemente armados invadiram, na
manhã de ontem, a agência do
Banespa, em uma avenida movimentada do centro de Piracicaba
(162 km de São Paulo), após tomar a família de um vigilante como refém.
Cerca de 20 funcionários foram
mantidos reféns por aproximadamente quatro horas. Não houve
feridos.
A quadrilha levou dinheiro e
jóias dos cofres de aluguel do banco. Até o final da tarde de ontem,
o Banespa não havia calculado o
valor do prejuízo. Nenhum representante quis comentar o assunto.
A Polícia Civil de Piracicaba caracterizou a quadrilha como "especializada" nesse tipo de ação.
"Todas as impressões digitais
foram apagadas, inclusive dos copos, da cozinha do banco, que eles
utilizaram", disse o delegado titular do 2º DP (Distrito Policial),
Fernando Heitor Gião.
Os assaltantes conseguiram fugir. Nenhum deles havia sido recapturado até as 18h de ontem.
"Temos alguns indícios, encontramos algumas anotações deles
que podem nos ajudar na investigação", disse o delegado.
Família
A ação da quadrilha começou às
20 horas de anteontem, quando a
família do vigia da agência Walter
Barbosa, 45, foi rendida.
A mulher de Barbosa, a dona-de-casa Iraci Brito Alves Barbosa,
40, e um dos filhos do casal, de 11
anos, foram abordados por três
homens armados que arrombaram a janela da chácara Santo Antônio, onde mora a família.
Iraci e a criança foram levadas
para a chácara vizinha, do cunhado de Barbosa, Edval Brito Alves,
41, que também foi rendido.
Por volta das 23h, os três reféns
foram levados para outra chácara
no bairro Santa Rita, em Piracicaba. Às 5h30 da manhã de ontem,
dois dos assaltantes vestidos com
roupas brancas, simulando serem
médicos, compareceram à agência com a mulher do vigia, onde
ele estava trabalhando, alegando
que o filho do casal passava mal.
Barbosa abriu a porta da agência e foi dominado pelos homens.
Logo depois, pelo menos outros
dez homens armados entraram
no banco e ficaram escondidos.
Os funcionários que chegavam
eram dominados e feitos reféns.
Os assaltantes arrombaram a sala
do cofre, abriram os cofres conhecidos como "casa-forte" e, depois,
tentaram arrombar os cofres de
aluguel. Até que um funcionário
apareceu com a chave.
O cunhado e a criança foram
abandonados na chácara.
Colaborou Raquel Aguirre
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