São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2001

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ASSALTO A BANCO

Mais de 12 ladrões invadiram a casa de familiares do vigia da agência do Banespa no dia anterior

Ação em Piracicaba faz mais de 20 reféns

RAQUEL LIMA
DA FOLHA CAMPINAS

Pelo menos 12 homens fortemente armados invadiram, na manhã de ontem, a agência do Banespa, em uma avenida movimentada do centro de Piracicaba (162 km de São Paulo), após tomar a família de um vigilante como refém.
Cerca de 20 funcionários foram mantidos reféns por aproximadamente quatro horas. Não houve feridos.
A quadrilha levou dinheiro e jóias dos cofres de aluguel do banco. Até o final da tarde de ontem, o Banespa não havia calculado o valor do prejuízo. Nenhum representante quis comentar o assunto.
A Polícia Civil de Piracicaba caracterizou a quadrilha como "especializada" nesse tipo de ação.
"Todas as impressões digitais foram apagadas, inclusive dos copos, da cozinha do banco, que eles utilizaram", disse o delegado titular do 2º DP (Distrito Policial), Fernando Heitor Gião.
Os assaltantes conseguiram fugir. Nenhum deles havia sido recapturado até as 18h de ontem.
"Temos alguns indícios, encontramos algumas anotações deles que podem nos ajudar na investigação", disse o delegado.

Família
A ação da quadrilha começou às 20 horas de anteontem, quando a família do vigia da agência Walter Barbosa, 45, foi rendida.
A mulher de Barbosa, a dona-de-casa Iraci Brito Alves Barbosa, 40, e um dos filhos do casal, de 11 anos, foram abordados por três homens armados que arrombaram a janela da chácara Santo Antônio, onde mora a família.
Iraci e a criança foram levadas para a chácara vizinha, do cunhado de Barbosa, Edval Brito Alves, 41, que também foi rendido.
Por volta das 23h, os três reféns foram levados para outra chácara no bairro Santa Rita, em Piracicaba. Às 5h30 da manhã de ontem, dois dos assaltantes vestidos com roupas brancas, simulando serem médicos, compareceram à agência com a mulher do vigia, onde ele estava trabalhando, alegando que o filho do casal passava mal.
Barbosa abriu a porta da agência e foi dominado pelos homens. Logo depois, pelo menos outros dez homens armados entraram no banco e ficaram escondidos.
Os funcionários que chegavam eram dominados e feitos reféns. Os assaltantes arrombaram a sala do cofre, abriram os cofres conhecidos como "casa-forte" e, depois, tentaram arrombar os cofres de aluguel. Até que um funcionário apareceu com a chave.
O cunhado e a criança foram abandonados na chácara.


Colaborou Raquel Aguirre

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