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PUNIÇÃO
Ações se referem a 5 dos 39 ataques atribuídos a Martins
Justiça condena incendiário de Marília a cinco anos de prisão
EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha,
em São José do Rio Preto
O vigia noturno Manoel Messias
Alves Martins, acusado de ser o
incendiário de Marília, no interior
de São Paulo, foi condenado a
quatro anos de prisão, em regime
fechado, e a 14 meses de detenção,
em regime semi-aberto.
Martins responde a 25 processos por incêndios e danos provocados em 39 veículos em Marília
(443 km de SP). As condenações
se referem a cinco ataques, julgados em dois processos.
De janeiro a outubro do ano
passado, foram queimados 50
veículos na cidade. Preso na madrugada de 6 de outubro, o vigia
confessou na polícia ter sido autor
de 39 incêndios.
A procuradora do Estado Kátia
Teixeira Folgosi, que faz a defesa
de Martins nos processos da 2ª
Vara Criminal, disse que ele negou as acusações. Ela não sabe se
o réu vai recorrer da decisão.
Segundo a confissão na polícia,
Martins convencia donos de carros a contratá-lo para serviços de
segurança noturno. Ele trabalhava como vigia autônomo no bairro São Miguel, onde aconteceu o
maior número de ataques.
Foram ações ousadas, próximas
de delegacia ou do Corpo de
Bombeiros, nas ruas e em garagens fechadas. Nas primeiras, foram usados coquetéis molotov.
Nas últimas, o fogo se propagava
a partir do motor, com o combustível jogado pela fresta de ventilação. Na época, a prefeitura chegou a oferecer uma recompensa
em dinheiro para quem desse pistas sobre o caso.
As ações já julgadas se referem
aos ataques feitos em 16 de janeiro
e 10 de abril do ano passado.
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