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Sistema de ciclos reduziu atraso escolar em São Paulo em dez anos
DA SUCURSAL DO RIO
O sistema de ciclos implementado em larga escala na década de
90 no Estado de São Paulo deu resultados em ao menos um aspecto: a diminuição do atraso escolar.
Segundo o IBGE, São Paulo foi o
Estado que teve a maior redução
na taxa de defasagem idade/série
de 1992 para 2002.
Essa taxa mede a porcentagem
de estudantes que não estão na série que se espera de um aluno que
não entrou tardiamente na escola
e nunca repetiu ou deixou o colégio. Em 1992, 72% dos alunos
paulistas de 14 anos ainda não estavam na 8ª série do ensino fundamental. Em 2002, a proporção
caiu para 41,1% -redução de
42,9%. Nesse período, a taxa no
país caiu 20,2%, de 82,3% a 65,7%.
Segundo o Ministério da Educação, São Paulo é o Estado com
mais alunos estudando em ciclos.
Nesse sistema, diferentemente do
que ocorre no sistema seriado, o
aluno pode acompanhar a sua
turma mesmo que, de um ano para outro, não tenha tido notas suficientes para passar de ano.
Para defensores do sistema, isso
permite que o estudante tenha
mais tempo para recuperar o que
não aprendeu sem ficar na mesma série, o que pode desestimulá-lo e levá-lo a abandonar a escola.
Os críticos dos ciclos dizem que
eles estão sendo implementados
sem critério e que as estatísticas
têm sido maquiadas, já que a taxa
de defasagem idade/série diminui, mas não há garantia de que o
aluno aprendeu o conteúdo.
O Estado que apresentou a
maior taxa de defasagem foi Alagoas, único onde houve aumento.
Em 92, 89,9% dos alunos de 14
anos estavam atrasados. Em 2002,
a proporção chegou a 91,7%.
Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria da Educação de Alagoas, em 2003 foi criado
um programa de aceleração escolar, com aulas de reforço para alunos da rede estadual.
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