São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2006

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TRADIÇÃO

Arcebispo ressaltou "ataque sem motivo"

Lava-pés lembra morte de morador de rua

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, lembrou ontem, na cerimônia de lava-pés na catedral da Sé, o assassinato do morador de rua Marcelo Gandra, na terça. O lava-pés relembra o ato de humildade de Jesus, que lavou os pés dos apóstolos na Última Ceia.
"Mais uma vez os pobres, o povo de rua, sofreram um ataque sem saber o motivo", disse. "Isso nos sensibiliza. Todas as políticas públicas nunca vão ser suficientes. Mas levar abrigos para a periferia, além de deixá-los apenas no centro, é uma medida que tem ajudado."
Em Sabará (MG), cerca de 200 pessoas participaram ontem da abertura do Santo Sepulcro. A cerimônia que há quase dois séculos lembra a crucificação e morte de Jesus gera controvérsia com a Igreja Católica, que considera a Sexta-Feira Santa a data certa para o evento. Em Sabará, a morte ocorreu 24 horas antes.
Fiéis na cidade de Goiás, antiga capital do Estado, participam da procissão do Fogaréu, o evento mais esperado da Semana Santa no município. Na tradição, que data do século 18, os moradores locais encenam a busca e a prisão de Jesus Cristo.
Eles se vestem como farricocos, encapuzados, que representam a guarda romana e os homens que abrem os cortejos de execução. As luzes das ruas são apagadas, e as pessoas carregam tochas ao som de tambores.


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