São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cachorro cochila em cerimônia no Palácio do Planalto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela primeira vez um cão -de fraque e com cravo na lapela- entrou pela porta principal do Palácio do Planalto, durante cerimônia do governo Fernando Henrique Cardoso.
Gem, da raça labrador, cão-guia da deficiente visual Ethel Rosenfeld, 56, esteve ontem na cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos.
De traje de gala, medalha do Fluminense e colete com a inscrição "Não me distraia. Estou trabalhando. Sou um cão-guia", Gem não emitiu som algum durante toda a cerimônia. Muito pelo contrário: cochilou enquanto o presidente da República, o ministro da Justiça e o secretário de Direitos Humanos discursavam.
Demonstrando estar acostumado a lugares estranhos, Gem chamou a atenção pela tranquilidade e elegância. Sempre próximo à sua dona, não a abandonou um minuto sequer. Para entrar com o cão no Planalto, Ethel teve apenas de pedir autorização ao serviço de segurança, mas não obteve a mesma facilidade em outros locais. "Queria pernoitar em Brasília, mas os hotéis não permitem a entrada de cães, mesmo quando são guias."
Gem e sua dona estavam entre os 350 convidados que participaram da cerimônia. Nela, o presidente Fernando Henrique Cardoso destacou a necessidade de executar as 518 propostas contidas no programa.
Ethel é uma das 17 proprietárias de cães-guias com treinamento especial no país. Na sua opinião, é fundamental o apoio do governo para que mais deficientes visuais tenham condições de adquirir um animal como acompanhante. (RENATA GIRALDI)

Texto Anterior: Para presidente, ações são políticas de Estado
Próximo Texto: Cota para negros já existe em ministérios
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.