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TRÁFICO
Polícia prendeu DJ acusado de negociar, por mês, 20 mil comprimidos de ecstasy e outras drogas sintéticas
Ação antidrogas visa casas noturnas de SP
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público e a Polícia
Civil já têm pronto um projeto para intensificar a repressão ao porte e à venda de drogas em bares,
boates e raves -festas com música eletrônica- realizadas no Estado de São Paulo.
A informação foi dada ontem
pelo diretor do Denarc (Departamento Estadual de Investigações
sobre Narcóticos), Ivaney Cayres
de Souza. Ele não deu detalhes,
alegando que isso poderia atrapalhar as operações.
Na noite de sábado, a polícia
prendeu em flagrante o DJ Pan
Augusto de Faria Lê, 25, considerado pelo Denarc o principal traficante de drogas sintéticas do país.
"A investigação mostra que, do
Rio Grande do Sul até a Bahia, é
ele quem fornece drogas sintéticas", afirmou Souza. Faria Lê negou envolvimento com tráfico.
Segundo o diretor do Denarc,
Faria Lê foi o oitavo DJ a ser preso
em São Paulo, nos últimos oito
meses, por tráfico de drogas. Em
festas e casas noturnas, DJs são
responsáveis pela seleção das músicas nas pistas de dança.
De acordo com a polícia, o acusado fornecia mensalmente cerca
de 20 mil comprimidos de ecstasy, entre outras drogas, para frequentadores de casas noturnas de
São Paulo.
O DJ foi preso em uma chácara
em Cotia (Grande São Paulo).
Com ele foram apreendidos 15
comprimidos de ecstasy, 18 micropontos de LSD, um quilo de
maconha e haxixe.
No apartamento de uma amiga
do acusado foi apreendido meio
quilo de cocaína. Segundo a polícia, o destino da cocaína era a Espanha, onde seria trocada por
ecstasy. A droga estava oculta nos
saltos de duas sandálias.
Na ação também foram presas
outras três pessoas, acusadas de
envolvimento em supostas negociações de drogas na Europa e em
outros Estados. O Denarc investigava o grupo havia cinco meses.
Os acusados não puderam dar
entrevista. Apenas se limitaram,
durante uma sessão de fotos, a dizer que são inocentes. O diretor
do Denarc não informou se eles já
haviam constituído advogados.
Lê já havia sido preso em junho
do ano passado, com o irmão,
Mar Faria de Lê, 22. Na ocasião, a
polícia encontrou com eles LSD
em gotas, 45 comprimidos de
MDMA (substância usada na fabricação de ecstasy) e 50 comprimidos de ecstasy.
Na época, o DJ foi liberado após
o crime ser considerado de porte e
não de tráfico de drogas. Ele voltou a ser preso em janeiro deste
ano com 22 gramas de skank (um
tipo de maconha mais potente),
61 gramas de haxixe e 22 micropontos de LSD.
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