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São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2003

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CASO PEDRINHO

Crimes são negados

Presa em GO, Vilma aguarda julgamento

UISAL BAKRI
ADRIANA CHAVES

DA AGÊNCIA FOLHA

A empresária Vilma Martins Costa, 47, foi levada ontem para a CPP (Casa de Prisão Provisória) de Goiás, onde aguardará julgamento nos processos em que é acusada pelos sequestros de Pedrinho e de Roberta. Ela os registrou como filhos biológicos.
Detida na manhã de anteontem na casa de uma amiga, em Aparecida de Goiânia (GO), Vilma acabou sendo encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia depois de uma crise de hipertensão e só teve alta às 10h de ontem.
Em depoimento à Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais), antes de ser encaminhada à CPP, a empresária voltou a negar que tenha sequestrado Roberta Jamilly Martins Borges da maternidade de Maio, em 1979.
Um exame de DNA feito pela polícia concluiu que a jovem era Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, filha de Francisca Maria Ribeiro da Silva, 63. Vilma teria forjado o parto em Itaguari (90 km de Goiânia).
O teste foi providenciado no decorrer do inquérito que apurava o desaparecimento de Pedro Braule Rosalino Pinto, o Pedrinho, da maternidade Santa Lúcia, em Brasília, em 1986.
"Ela [a empresária] nega que tenha feito isso [sequestro] na maternidade de Goiânia, mas como negar se a criança desapareceu e está com ela?", disse o delegado Jerônimo Rodrigues Borges.
A polícia investiga quem deu cobertura para Vilma durante os 14 dias em que esteve foragida. Ela foi localizada na casa de Janaína Borges, filha de Ana Borges, presa no mesmo dia e liberada após prestar depoimento. Ana foi indiciada por favorecimento.
Vilma responderá a duas ações penais, baseadas nos artigos 148 (subtração ou sequestro), 242 (registro de filho alheio como sendo próprio) e 299 (falsidade ideológica) do Código Penal. Ontem, os advogados de Vilma entraram com um pedido de habeas corpus na Justiça.


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