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CASO PEDRINHO
Crimes são negados
Presa em GO, Vilma aguarda julgamento
UISAL BAKRI
ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA
A empresária Vilma Martins
Costa, 47, foi levada ontem para a
CPP (Casa de Prisão Provisória)
de Goiás, onde aguardará julgamento nos processos em que é
acusada pelos sequestros de Pedrinho e de Roberta. Ela os registrou como filhos biológicos.
Detida na manhã de anteontem
na casa de uma amiga, em Aparecida de Goiânia (GO), Vilma acabou sendo encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia depois de uma crise de hipertensão e
só teve alta às 10h de ontem.
Em depoimento à Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais), antes de ser encaminhada à CPP, a empresária voltou a
negar que tenha sequestrado Roberta Jamilly Martins Borges da
maternidade de Maio, em 1979.
Um exame de DNA feito pela
polícia concluiu que a jovem era
Aparecida Fernanda Ribeiro da
Silva, filha de Francisca Maria Ribeiro da Silva, 63. Vilma teria forjado o parto em Itaguari (90 km
de Goiânia).
O teste foi providenciado no decorrer do inquérito que apurava o
desaparecimento de Pedro Braule
Rosalino Pinto, o Pedrinho, da
maternidade Santa Lúcia, em Brasília, em 1986.
"Ela [a empresária] nega que tenha feito isso [sequestro] na maternidade de Goiânia, mas como
negar se a criança desapareceu e
está com ela?", disse o delegado
Jerônimo Rodrigues Borges.
A polícia investiga quem deu
cobertura para Vilma durante os
14 dias em que esteve foragida. Ela
foi localizada na casa de Janaína
Borges, filha de Ana Borges, presa
no mesmo dia e liberada após
prestar depoimento. Ana foi indiciada por favorecimento.
Vilma responderá a duas ações
penais, baseadas nos artigos 148
(subtração ou sequestro), 242 (registro de filho alheio como sendo
próprio) e 299 (falsidade ideológica) do Código Penal. Ontem, os
advogados de Vilma entraram
com um pedido de habeas corpus
na Justiça.
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