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Após o depoimento de mecânico, 3 acusados de matar garoto são soltos
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Três acusados pela morte de
Jaílson Alves Viana, 15, em dezembro de 1996 -uma das vítimas dos crimes conhecidos como
o caso dos "meninos emasculados do Maranhão"- vão aguardar o julgamento em liberdade
por decisão da Justiça.
Em abril, o mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, em depoimento à
Polícia Civil, assumiu a autoria da
morte de 28 meninos na periferia
de São Luís, entre eles a de Viana.
O mecânico disse ter matado
também 12 meninos em Altamira
(PA), segundo a Gerência de Segurança Pública do Estado.
Ontem, o juiz José de Arimatéia,
da 1ª Vara do Tribunal do Júri, de
São Luís, aceitou o pedido da defesa e determinou que o agricultor
Eurismar Gomes, um dos acusados, fosse solto. Ele estava preso
havia cerca de um ano.
Anteontem, Genésio Alves de
Sousa e Francisco Lopes da Silva,
outros dois acusados, presos desde 2000, foram libertados. Ainda
não há datas dos julgamentos.
O advogado Sérgio Muniz, que
representa Sousa e Silva, disse que
teve acesso à transcrição dos depoimentos de Brito, e, segundo
ele, o mecânico deu detalhes da
morte de Jaílson Viana e pediu
que soltassem Sousa.
O advogado Pedro Jarbas, que
representa Gomes, disse que o depoimento de Brito foi "determinante" para que seu cliente conseguisse a liberdade provisória.
"[Gomes] é um lavrador sem
passagem pela polícia. A acusação
foi um erro. A confissão de Chagas foi determinante", disse.
Na época da morte, Sousa e Silva eram seguranças na fazenda
Gás Butano, em São Luís. Segundo o relatório da CPI da Assembléia Legislativa que investigou
casos de exploração infantil, vizinhos da família disseram ter visto
o menino pela última vez no local.
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