São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2004

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Após o depoimento de mecânico, 3 acusados de matar garoto são soltos

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Três acusados pela morte de Jaílson Alves Viana, 15, em dezembro de 1996 -uma das vítimas dos crimes conhecidos como o caso dos "meninos emasculados do Maranhão"- vão aguardar o julgamento em liberdade por decisão da Justiça.
Em abril, o mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, em depoimento à Polícia Civil, assumiu a autoria da morte de 28 meninos na periferia de São Luís, entre eles a de Viana.
O mecânico disse ter matado também 12 meninos em Altamira (PA), segundo a Gerência de Segurança Pública do Estado.
Ontem, o juiz José de Arimatéia, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, de São Luís, aceitou o pedido da defesa e determinou que o agricultor Eurismar Gomes, um dos acusados, fosse solto. Ele estava preso havia cerca de um ano.
Anteontem, Genésio Alves de Sousa e Francisco Lopes da Silva, outros dois acusados, presos desde 2000, foram libertados. Ainda não há datas dos julgamentos.
O advogado Sérgio Muniz, que representa Sousa e Silva, disse que teve acesso à transcrição dos depoimentos de Brito, e, segundo ele, o mecânico deu detalhes da morte de Jaílson Viana e pediu que soltassem Sousa.
O advogado Pedro Jarbas, que representa Gomes, disse que o depoimento de Brito foi "determinante" para que seu cliente conseguisse a liberdade provisória.
"[Gomes] é um lavrador sem passagem pela polícia. A acusação foi um erro. A confissão de Chagas foi determinante", disse.
Na época da morte, Sousa e Silva eram seguranças na fazenda Gás Butano, em São Luís. Segundo o relatório da CPI da Assembléia Legislativa que investigou casos de exploração infantil, vizinhos da família disseram ter visto o menino pela última vez no local.


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