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Morador teme mais barulho
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto de prolongamento da
avenida Jornalista Roberto Marinho é visto com mais desconfiança pelos moradores da Pedro Bueno do que por quem vive nas favelas Beira-Rio e Rocinha, estabelecidas na área de 300 metros que
pode ser desapropriada.
O primeiro grupo reclama do
barulho e da intensificação do tráfego que a interligação deve trazer. Já o morador da Rocinha, o
cozinheiro Paulo Delmiro, 58,
acha pouco provável que o plano
se concretize. "Já ouço falar nisso
há muito tempo."
A incredulidade também dá o
tom da fala da comerciante Marilene Andrade, 28. "Eu só acredito
quando vir." Ela garantiu estar
preparada para o caso de o projeto avançar. "Ainda mais se forem
levar a gente para um lugar bom".
Bem menos otimista está a profissional autônoma Maria Izabel
Nóbrega, 57, que mora na Pedro
Bueno há 36 anos. Cansada do barulho e do aumento do tráfego na
região, ela pôs a casa à venda há
dois anos e acha que a situação
deve piorar com a ligação entre as
vias. "As casas estão rachadas por
causa de caminhões e ônibus."
Para a secretária Luciana Guimarães, 25, que também vive na
Pedro Bueno, o tráfego intenso é o
maior do problema. "Aqui, é difícil tirar e colocar o carro [na garagem]. Mas quem escolhe morar
aqui tem que se acostumar", resigna-se.
(LUCAS NEVES)
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