|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Grupo de extermínio nasceu assim"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
GUARAPARI
O secretário de Segurança Pública do Espírito
Santo, Rodney Miranda, e
o comandante da Polícia
Militar em Guarapari,
Marcos Celante, afirmaram desconhecer a atuação da "milícia" de Meaípe
e se disseram preocupados
com a segurança dos integrantes do grupo.
Ambos afirmaram não
concordar com a formação
de grupos de policiamento
civil, o que chamaram de
"justiça com as próprias
mãos". Miranda afirmou
que grupos de extermínio
famosos começaram com
"homens de bem".
"Milícia é uma coisa perigosa. O exemplo do Espírito Santo é triste. O esquadrão da morte surgiu
dessas reuniões", disse.
"A Scuderie Le Cocq
[entidade parapolicial
acusada de agir como esquadrão da morte] nasceu
do conjunto de cidadãos
de bem. Começaram a tentar resolver os problemas
de maneira própria e acabaram virando um grupo
de extermínio."
Ele afirmou que vai propor ações de integração da
comunidade com a polícia.
Uma semana após saber
das ações do grupo, a secretaria e a PM não entraram em contato com os
moradores, que também
não procuraram a polícia.
Para o coronel Celante,
o bairro de Meaípe não está abandonado, como dizem seus moradores. "Temos um policiamento diário em Meaípe."
O coronel disse que houve investimento em estrutura policial, como carros
novos, mas que o efetivo
ainda é insuficiente. "Se tivesse mais policiais, não
colocaria Meaípe como
prioridade. A violência é
maior na praia do Morro e
no centro de Guarapari."
Segundo Celante, a PM
vigia o bairro e não recebeu denúncias sobre o aumento da violência em
Meaípe.
(CA)
Texto Anterior: Milícia de classe média policia balneário Próximo Texto: Ação é perigosa e imprópria, afirma ex-secretário nacional de Segurança Índice
|