São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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"Grupo de extermínio nasceu assim"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARAPARI

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Rodney Miranda, e o comandante da Polícia Militar em Guarapari, Marcos Celante, afirmaram desconhecer a atuação da "milícia" de Meaípe e se disseram preocupados com a segurança dos integrantes do grupo.
Ambos afirmaram não concordar com a formação de grupos de policiamento civil, o que chamaram de "justiça com as próprias mãos". Miranda afirmou que grupos de extermínio famosos começaram com "homens de bem".
"Milícia é uma coisa perigosa. O exemplo do Espírito Santo é triste. O esquadrão da morte surgiu dessas reuniões", disse.
"A Scuderie Le Cocq [entidade parapolicial acusada de agir como esquadrão da morte] nasceu do conjunto de cidadãos de bem. Começaram a tentar resolver os problemas de maneira própria e acabaram virando um grupo de extermínio."
Ele afirmou que vai propor ações de integração da comunidade com a polícia.
Uma semana após saber das ações do grupo, a secretaria e a PM não entraram em contato com os moradores, que também não procuraram a polícia.
Para o coronel Celante, o bairro de Meaípe não está abandonado, como dizem seus moradores. "Temos um policiamento diário em Meaípe."
O coronel disse que houve investimento em estrutura policial, como carros novos, mas que o efetivo ainda é insuficiente. "Se tivesse mais policiais, não colocaria Meaípe como prioridade. A violência é maior na praia do Morro e no centro de Guarapari."
Segundo Celante, a PM vigia o bairro e não recebeu denúncias sobre o aumento da violência em Meaípe. (CA)


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