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WALDEMAR LEVY CARDOSO (1900-2009)
Morre aos 108 o último marechal do país
DA SUCURSAL DO RIO
O marechal Waldemar
Levy Cardoso -último dos
militares a assumir o posto
que pertenceu a figuras como Deodoro da Fonseca,
proclamador da República, e
Cândido Rondon, estudioso
da causa indígena- morreu
ontem, aos 108, no Rio, de insuficiência respiratória.
O posto de marechal, o
mais alto do Exército, foi extinto em 1967 -somente haverá promoção à patente em
caso de guerra. Cardoso
guardava havia 43 anos a túnica com cinco estrelas, repleta de condecorações.
Carioca, Waldemar dizia
que sua receita de longevidade era a "consciência tranquila". Comemorou cem
anos com direito a feijoada e
doses moderadas de cachaça.
No seu último aniversário,
em dezembro passado, comandou em cadeira de rodas
uma salva de tiros no Campo
de Marte, zona norte do Rio.
Cardoso se rebelou na Revolução de 1930, quando era
tenente em Itu (SP). Combateu na Segunda Guerra, comandando um grupo de artilharia da FEB (Força Expedicionária Brasileira).
Participou do golpe militar
de 1964, tendo sido promovido em 1966 ao posto de marechal, mas foi para a reserva
no mesmo ano. Em março de
1969, assumiu a presidência
da Petrobras, cargo que ocupou por poucos meses.
De 1971 a 1985, foi do conselho da administração da
estatal. Segundo o Exército,
o enterro será hoje, às 11h, no
cemitério São João Batista,
no Rio. Teve três filhos (apenas uma filha está viva), 11
netos e 13 bisnetos.
obituario@grupofolha.com.br
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