São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

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WALDEMAR LEVY CARDOSO (1900-2009)

Morre aos 108 o último marechal do país

DA SUCURSAL DO RIO

O marechal Waldemar Levy Cardoso -último dos militares a assumir o posto que pertenceu a figuras como Deodoro da Fonseca, proclamador da República, e Cândido Rondon, estudioso da causa indígena- morreu ontem, aos 108, no Rio, de insuficiência respiratória.
O posto de marechal, o mais alto do Exército, foi extinto em 1967 -somente haverá promoção à patente em caso de guerra. Cardoso guardava havia 43 anos a túnica com cinco estrelas, repleta de condecorações.
Carioca, Waldemar dizia que sua receita de longevidade era a "consciência tranquila". Comemorou cem anos com direito a feijoada e doses moderadas de cachaça.
No seu último aniversário, em dezembro passado, comandou em cadeira de rodas uma salva de tiros no Campo de Marte, zona norte do Rio.
Cardoso se rebelou na Revolução de 1930, quando era tenente em Itu (SP). Combateu na Segunda Guerra, comandando um grupo de artilharia da FEB (Força Expedicionária Brasileira).
Participou do golpe militar de 1964, tendo sido promovido em 1966 ao posto de marechal, mas foi para a reserva no mesmo ano. Em março de 1969, assumiu a presidência da Petrobras, cargo que ocupou por poucos meses.
De 1971 a 1985, foi do conselho da administração da estatal. Segundo o Exército, o enterro será hoje, às 11h, no cemitério São João Batista, no Rio. Teve três filhos (apenas uma filha está viva), 11 netos e 13 bisnetos.

obituario@grupofolha.com.br


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