São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

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Deslizamento mata irmãos de 4 e 5 anos em Alagoas

No Maranhão, Defesa Civil confirmou mais uma morte por afogamento

Região Nordeste já totaliza 39 mortos pelas chuvas; ao menos 233 mil pessoas estão fora de casa e 204 municípios já decretaram emergência

DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS E EM BELÉM

Já são 39 as mortes registradas em decorrência das chuvas que não param de atingir o Nordeste do país. Ao menos 233 mil pessoas estão fora de casa e 204 cidades já decretaram situação de emergência.
A Defesa Civil do Maranhão confirmou mais uma morte por afogamento devido às chuvas.
Em Alagoas, dois irmãos, de quatro e cinco anos, morreram soterrados e um bebê ficou gravemente ferido na madrugada de ontem em Barra de São Miguel. O pai e a mãe das crianças foram resgatados. Segundo a Defesa Civil, a família dormia quando a casa foi atingida por um deslizamento de terra.
Outras 130 pessoas no município estão desabrigadas. A prefeitura decretou situação de emergência ontem.
Em Maceió, 19 casas desabaram. Um menino de três anos ficou soterrado, mas foi resgatado e não corre risco de morte.
Já em Morada Nova (CE), cerca de 80 açudes se romperam ou transbordaram. A água invadiu 60% da cidade.
Para o meteorologista Luiz Molion, da Universidade Federal de Alagoas, a chuva está mais intensa neste mês -tradicionalmente o mais chuvoso do ano-, mas o mais grave é a ocupação irregular de encostas: "Cerca de 20% da população ocupa áreas inapropriadas".

Norte
Em Manaus, cerca de 5.000 pessoas já tiveram as casas alagadas. A Defesa Civil municipal diz que há dificuldade para retirar as famílias, pois elas temem que as casas sejam saqueadas.
É o caso do casal de aposentados Celina Gomes Justino, 70, e José Frazão Pereira, 68. O chão da casa onde moram foi tomado pelo rio e está a três metros de profundidade. Eles construíram um assoalho sobre a casa. Como a rua também está alagada, os moradores andam sobre pequenas pontes de madeira. A imagem é de uma cidade sobre as águas.
O Serviço Geológico do Brasil prevê que o nível do rio Negro continue a subir até junho, mês do pico da cheia. Segundo a Defesa Civil, 303.812 pessoas foram atingidas pelas cheias, sem contar Manaus. Há 62 cidades em situação de emergência.


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