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Deslizamento mata irmãos de 4 e 5 anos em Alagoas
No Maranhão, Defesa Civil confirmou mais uma morte por afogamento
Região Nordeste já totaliza 39 mortos pelas chuvas; ao menos 233 mil pessoas estão fora de casa e 204 municípios já decretaram emergência
DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
E EM BELÉM
Já são 39 as mortes registradas em decorrência das chuvas
que não param de atingir o
Nordeste do país. Ao menos
233 mil pessoas estão fora de
casa e 204 cidades já decretaram situação de emergência.
A Defesa Civil do Maranhão
confirmou mais uma morte por
afogamento devido às chuvas.
Em Alagoas, dois irmãos, de
quatro e cinco anos, morreram
soterrados e um bebê ficou gravemente ferido na madrugada
de ontem em Barra de São Miguel. O pai e a mãe das crianças
foram resgatados. Segundo a
Defesa Civil, a família dormia
quando a casa foi atingida por
um deslizamento de terra.
Outras 130 pessoas no município estão desabrigadas. A prefeitura decretou situação de
emergência ontem.
Em Maceió, 19 casas desabaram. Um menino de três anos
ficou soterrado, mas foi resgatado e não corre risco de morte.
Já em Morada Nova (CE),
cerca de 80 açudes se romperam ou transbordaram. A água
invadiu 60% da cidade.
Para o meteorologista Luiz
Molion, da Universidade Federal de Alagoas, a chuva está
mais intensa neste mês -tradicionalmente o mais chuvoso do
ano-, mas o mais grave é a ocupação irregular de encostas:
"Cerca de 20% da população
ocupa áreas inapropriadas".
Norte
Em Manaus, cerca de 5.000
pessoas já tiveram as casas alagadas. A Defesa Civil municipal
diz que há dificuldade para retirar as famílias, pois elas temem
que as casas sejam saqueadas.
É o caso do casal de aposentados Celina Gomes Justino,
70, e José Frazão Pereira, 68. O
chão da casa onde moram foi
tomado pelo rio e está a três
metros de profundidade. Eles
construíram um assoalho sobre a casa. Como a rua também
está alagada, os moradores andam sobre pequenas pontes de
madeira. A imagem é de uma cidade sobre as águas.
O Serviço Geológico do Brasil
prevê que o nível do rio Negro
continue a subir até junho, mês
do pico da cheia. Segundo a Defesa Civil, 303.812 pessoas foram atingidas pelas cheias, sem
contar Manaus. Há 62 cidades
em situação de emergência.
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