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Após atrasos, instalação do MAC fica para dezembro
Reforma de nova sede do museu custou R$ 61 milhões
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem visitar hoje o Palácio
da Agricultura -projetado por
Oscar Niemeyer na década de
50 e que até 2008 abrigou o Detran- pode não conseguir imaginar Picassos e Modiglianis
expostos nas paredes.
A Secretaria de Estado da
Cultura, no entanto, promete
para dezembro a instalação definitiva do MAC (Museu de Arte Contemporânea) no prédio.
Concreto, sacos de cal, placas
de gesso e telas metálicas compõem o cenário atual do edifício, em reforma desde dezembro de 2008. A inauguração foi
anunciada duas vezes. Primeiro, para junho de 2009. Depois,
para este mês.
Agora, o governo de São Paulo prevê a conclusão das obras
em setembro, deixando prazo
de três meses para a transferência do acervo do museu
-hoje dividido entre o prédio
da USP e o da Bienal- e a organização da primeira mostra.
"O MAC precisa de um tempo para que as obras se aclimatem ao novo espaço", diz João
Sayad, secretário da Cultura.
Segundo ele, um dos motivos
do atraso na reforma -que custou R$ 61 milhões- foi o veto
do Conpresp (órgão municipal
que cuida do patrimônio histórico), em abril, ao plano de restauro elaborado pelo escritório
de Niemeyer. Com isso, o projeto de readequação do espaço
ficou a cargo da Companhia
Paulista de Obras e Serviços.
Com o início das obras, a
construtora Simétrica percebeu que seria necessária também uma reforma estrutural do
prédio, que não estava prevista
no projeto inicial.
O prédio está em fase de acabamento, com a instalação dos
sistemas de ar-condicionado e
de monitoramento de câmeras,
além da troca de sistemas elétrico e hidráulico.
Vista panorâmica
As novas instalações terão 34
mil m2. Seis andares (do segundo ao sétimo) serão ocupados
por áreas expositivas. No oitavo será instalado um restaurante com vista privilegiada da
cidade, tendo o parque Ibirapuera como cenário.
Além do prédio anexo original do projeto de Niemeyer,
que terá uma área para exposições e reserva técnica, outro
anexo será construído para receber a área administrativa e
laboratórios de restauro.
O segundo prédio, no entanto, pode não ser inaugurado
com o resto do conjunto.
"Por exigência do Iphan [órgão federal de preservação do
patrimônio], o formato foi modificado. Ele é mais baixo e separado do outro, para que não
se confunda com uma obra do
Niemeyer", diz Sayad.
Entre os destaques do acervo
do MAC estão obras do italiano
Amedeo Modigliani (1884-1920) e do espanhol Pablo Picasso (1881-1973).
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