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Para Gregori, PM foi "incompetente"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Militar do Rio de Janeiro foi incompetente e despreparada na ação que terminou
com a morte da professora Geísa
Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro do Nascimento, na
noite de anteontem, no Rio.
A avaliação foi feita pelo ministro da Justiça, José Gregori. "Esse
episódio mostrou o quanto o Brasil está despreparado, pela ausência de técnica e competência, para
enfrentar uma situação limite."
O ministro foi além: disse que
faltou comando na operação.
"Uma situação como essa não se
vive como uma cena de cinema",
afirmou. "Mas o que se viu no
desfecho foi que não havia rumo
nem comando".
Gregori falou ontem na apresentação do Pacto Nacional Contra a Violência, um fórum organizado pela Juventude Latino-Americana pela Democracia (Julad),
da qual participou junto com o
ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
Durante o encontro, promovido para debater formas de combate à violência, o principal assunto foi o sequestro no Rio.
A principal lição a ser tirada do
episódio, segundo Gregori, é que
as polícias militares do país -
não apenas a do Rio - precisam
passar por uma profunda reformulação e, principalmente, uma
análise interna para definir quais
são seus pontos fracos e o que deve ser reformulado.
No entanto, mudanças mais
profundas, como a unificação das
polícias Militar e Civil ou o uso do
Exército no policiamento de rua
- como chegou a pedir o presidente do Senado, Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) -, foram
descartadas por Gregori.
"Botar o Exército na rua é uma
frase de efeito", criticou. "Pensar
que numa situação como a do Rio
fosse melhor vivida se as Forças
Armadas estivessem em ação é
excesso de imaginação."
Durante o encontro, investir em
educação foi apontado como outra forma de combater a violência.
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