DO "AGORA"

Uma briga entre facções rivais terminou na tarde de ontem com cinco presos mortos na Penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos (Grande São Paulo).
Três deles foram queimados vivos em um banheiro, onde se trancaram para tentar escapar de outros presos. Outro foi decapitado. Os assassinatos aconteceram entre as 14h e as 14h45.
A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo informou que as mortes foram cometidas por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), durante briga com membros do CDL (Comando Democrático da Liberdade). Todos os mortos, segundo a assessoria da secretaria, seriam do CDL.
Até as 22h de ontem, os corpos não haviam sido identificados.
Agentes penitenciários disseram que quatro presos tentavam fugir de um grupo com outros sete detentos quando um deles foi alcançado e esfaqueado.
Os outros três teriam conseguido se trancar no banheiro. Em seguida, o mesmo grupo de detentos teria arrombado a porta do banheiro e jogado ali colchão e madeira em chamas. Eles acabaram morrendo carbonizados.
Simultaneamente, um grupo com cerca de 15 presos matou a pauladas e estiletadas outro detento no corredor de um pavilhão. O crime foi filmado pelo circuito interno da penitenciária, mas os autores não podem ser identificados pois estavam encapuzados, segundo os agentes.
A Polícia Militar foi acionada, mas não invadiu o presídio, pois os próprios presos acabaram com o princípio de motim logo após as mortes. Não houve rebelião.
Três detentos se apresentaram como responsáveis pelas mortes, mas a direção do presídio suspeita que eles sejam "laranjas" utilizados pela liderança do PCC para dificultar a identificação dos verdadeiros culpados.


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