São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 2002

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MOGNO

Lote teria embarcado como se fosse de outra espécie

Greenpeace denuncia ao Ibama suposto esquema de venda ilegal

DA REDAÇÃO E

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Madeireiras da Amazônia podem estar exportando mogno disfarçado de outra espécie para escapar ao controle do governo, que proibiu totalmente a comercialização da madeira em 2001.
A denúncia foi feita ontem ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) pela organização ambientalista Greenpeace, que obteve na Espanha documentos que mostram que a madeira rara amazônica foi embarcada como cedro.
Em uma fatura emitida pela empresa Adair Comercial Ltda. no final de 2000 é listado o embarque de cerca de 24 metros cúbicos de mogno. Em outra fatura, o mesmo volume de madeira é apresentado como cedro, outra espécie de alto valor comercial. Num ofício dirigido à importadora, a Adair esclarece: "Informamos ainda que, por motivos internos do nosso país, embarcamos o mogno como cedro -KD".
Apesar de as faturas serem anteriores à moratória ao comércio do mogno, baixada em outubro de 2001, a comercialização dessa madeira vinha sendo limitada pelo governo federal desde 1996.
"Fui pego de surpresa com essa denúncia. Amanhã [hoje" devo ter uma posição mais clara", afirmou Litácio Brasileiro, um dos sócios da Adair Comercial.



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