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IBIRAPUERA
Alteração havia sido suspensa para não ser associada a crimes
Prefeitura não tem data para reduzir horário de parque
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo divulgou ontem que estuda reduzir o
horário de funcionamento do
parque Ibirapuera, umas das
principais áreas de lazer dos paulistanos, no inverno, sob a justificativa de que o frio reduziu o número de frequentadores à noite.
Até o início da primavera, em
setembro, os portões passariam a
permanecer abertos das 6h às 20h
-até as 22h para quem estiver lá
dentro-, em vez das 5h à meia-noite, como atualmente funciona.
A alteração chegou a ser publicada anteontem no "Diário Oficial", mas foi suspensa pela Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente. "Como a opinião
pública procurou vincular o fechamento do parque com os assassinatos que ocorreram, tentando caracterizar o Ibirapuera como
um local inseguro, a secretaria decidiu revogar a portaria", diz nota
divulgada ontem à tarde, que confirma a possibilidade de redução
de horário. Não há previsão para a
mudança. Por enquanto, vale a
regra atual: das 5h à meia-noite.
Na última terça, o economista
Ricardo dos Santos Martins Ferreira, 42, foi morto ao reagir, por
volta das 22h, segundo a polícia, a
um suposto assalto na região anexa ao parque conhecida como
"autorama". Foi o segundo crime
em dois meses, período em que o
parque passou a ficar aberto até as
24h. Em abril, o empresário Guilherme Boris Furmanovich, 47,
foi baleado enquanto corria, perto
do prédio da Oca. A polícia investiga a hipótese de vingança.
O período de funcionamento foi
ampliado em janeiro, após a inauguração de novo sistema de iluminação. Por causa disso, a Secretaria Municipal da Segurança Urbana aumentou o número de homens no parque, de 116 para 210.
Relatório da Guarda Civil mostra que não houve casos ou tentativas de furto nem tentativas de
homicídio nos primeiros dois meses em que o Ibirapuera ficou
aberto até as 24h -de fevereiro a
março. Em 2002, de janeiro a
março, foram registrados três casos de furto, uma tentativa de furto e uma tentativa de homicídio.
Em compensação, a quantidade
de atos infracionais saltou de um
caso para 14. A secretaria afirma
que foi por causa do aumento do
número de guardas.
Os dados, porém, não permitem ter um raio-X completo da situação. Se a vítima do crime saiu
dali sem falar com a Guarda Civil,
o caso não foi registrado. Apenas
a Polícia Civil tem o dado.
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