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Foz do Iguaçu também é rota de contrabando
da Agência Folha, em Londrina
da Agência Folha, em Porto Alegre
Foz do Iguaçu, na fronteira com
Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai), é uma rota
de contrabando de munição e armas de pequeno calibre, para uso
pessoal.
Segundo o setor de inteligência
da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, o contrabando de armas pesadas (de uso militar e grosso calibre) é pouco comum na região.
Nos últimos dois anos, só dois
mini-14 (uma versão para uso civil
dos fuzis M-1 do Exército dos Estados Unidos) e seis metralhadoras,
de fabricação chilena, foram
apreendidas na fronteira em Foz.
O mesmo não ocorre com munição, especialmente para fuzis, que
é constantemente apreendida na
região. Na maioria dos casos, são
sacoleiros do Rio de Janeiro presos
tentando contrabandear munição
para os morros cariocas.
Segundo um agente da Polícia
Federal em Foz, a entrada de armas de uso militar se dá "pelo Rio,
e todo mundo sabe disso".
Desde janeiro deste ano, o setor
de Controle Aduaneiro da Receita
Federal iniciou um acompanhamento de apreensões de armas e
munição. Até então não existiam
dados estatísticos sobre essas
apreensões.
Até maio deste ano, foram
apreendidos pela Receita Federal
US$ 19,5 mil em armas e munição
contrabandeadas na região.
Segundo Ana Paula Mattos Oliveira, da Delegacia da Receita Federal em Foz, o montante apreendido em armas e munição é "insignificante, se comparado com as
apreensões de outros produtos".
Em Puerto Iguazu, as lojas de armas vendem basicamente produtos de fabricação argentina. Não é
necessária documentação para
comprar pistolas, revólveres e rifles no país vizinho.
Em Ciudad del Este são majoritárias as armas de fabricação brasileira. Grande parte das lojas que
trabalham com armas aceitam fazer a venda no Brasil, ou seja, o
comprador paga pelo produto no
Paraguai e recebe a mercadoria em
território brasileiro.
Repressão
A Polícia Federal deve intensificar a repressão ao contrabando de
armas na fronteira do Rio Grande
do Sul com a Argentina e o Uruguai, caso seja aprovada a lei que
proíbe a venda de armas em território nacional.
Existe uma convicção na Polícia
Federal gaúcha de que a aprovação
da lei sobre as armas provocará o
incremento no contrabando.
Nos primeiros meses do ano,
com a discussão do assunto, isso já
começou a ocorrer.
Segundo dados fornecidos pela
Polícia Federal à Agência Folha,
em todo o ano passado, foram
abertos 36 inquéritos para investigar contrabando de armas.
Em 1999, os dados computados
até o início de junho indicam que o
número já chegou a 27 inquéritos.
A tendência é que o número seja
dobrado até dezembro.
"Nós teremos que aumentar os
cuidados na fronteira", disse o delegado Regional de Polícia do Rio
Grande do Sul, Casimiro Emerim.
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