São Paulo, Segunda-feira, 14 de Junho de 1999
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Munição ia para área de conflito

da Agência Folha,

em Ponta Porã (MS) O comerciante José do Socorro dos Santos Eugênio, 32, preso em 27 de maio transportando 270 caixas com 13.150 cartuchos de calibres 38, 32 e 44, disse que "resolveu arriscar" para tentar algum lucro com o contrabando.
Em depoimento à Polícia Federal de Ponta Porã, Eugênio disse que iria revender a munição em Imperatriz (MA), onde mora.
Cada caixa de munição calibre 38 (Eugênio comprou 203 delas) foi adquirida por R$ 20,40 e seria revendida por R$ 35 no Maranhão.
Eugênio pagou por todo o carregamento R$ 5.600 a um comerciante de Pedro Juan Caballero. Ele foi preso numa barreira da PF, na rodovia que liga Ponta Porã a Dourados (MS). O comerciante disse à polícia que sabia que seu ato era ilegal, mas já havia feito a mesma viagem três vezes.
A apreensão -a maior do gênero feita pela Polícia Federal de Ponta Porã nos últimos dois anos- confirmou, para o delegado Lásaro Moreira da Silva, que o armamento contrabandeado também vem sendo usado em conflitos agrários no país.
Outra grande carga apreendida em Ponta Porã também iria para uma região de conflito agrário, o Pontal do Paranapanema (SP). Em 97, o motorista Mauro José da Silva foi preso com três pistolas, 20 carregadores de fuzil AR-15 e cinco granadas de mão. Em depoimento, o motorista disse que a carga seguiria para o Pontal, no interior de São Paulo.


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