São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2010

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Acusado de matar Sabotage é condenado a 14 anos de prisão

Morte do rapper teria sido motivada por disputa entre os dois

DE SÃO PAULO

Sirley Menezes da Silva, acusado de matar o rapper Mauro Mateus dos Santos, o Sabotage, em janeiro de 2003, foi condenado ontem a 14 anos de prisão. O júri, formado por quatro homens e três mulheres, o considerou culpado pelo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima).
Durante o julgamento, que começou na segunda-feira no fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, Silva negou a autoria do crime. Ele cumprirá a pena de 14 anos de prisão inicialmente em regime fechado.
Ontem ocorreram os debates entre acusação e defesa. Foram ouvidas quatro testemunhas. Uma de acusação (sigilosa, ouvida em plenário apenas na presença das partes), uma de defesa e duas em comum. O promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico desistiu de uma segunda testemunha de acusação.
Na segunda-feira, Silva também foi ouvido por cerca de 90 minutos. De acordo com a polícia, na época em que foi preso (dezembro de 2004), ele teria dito que o assassinato de Sabotage foi motivado por uma disputa pelo tráfico de drogas ocorrida anos antes do assassinato.

HISTÓRICO
O músico foi atingido por quatro tiros disparados à queima-roupa, por volta das 5h30 do dia 24 de janeiro de 2003, na avenida Abraão de Morais, na Saúde (zona sul de São Paulo), depois de deixar sua mulher no trabalho. A vítima chegou a ser socorrida no Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Sabotage tinha duas passagens pela polícia, por porte e tráfico de drogas. O músico, no entanto, sempre dizia ter sido salvo pelo rap.
Pela autoria da trilha do filme "Invasor", que revelou Paulo Miklos, do Titãs, como ator, Sabotage ganhou prêmios nos festivais de cinema de Brasília e Recife. O músico também atuou no filme "Carandiru", de Hector Babenco, lançado em 2003.


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