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"Cassaram nosso direito de defesa'
da Sucursal de Brasília
Raimundo Monteiro Alves, presidente da Sepe (Sociedade Educadora Pedro 2º), a mantenedora da
Fahupe, disse ontem que foi um
erro do Ministério da Educação
nomear como interventor da instituição um procurador em vez de
um professor.
"Quem entende de educação é o
professor. Ninguém quis me ouvir, nunca fui chamado. Fomos
julgados prematuramente, só podem dizer se sou bandido se me
escutam. Só em país fascista se
cassa dessa forma o direito de defesa", afirmou Alves.
Dívidas
Indagado sobre as dívidas da
instituição, Alves afirmou que elas
são "bobagem".
"A dívida é de R$ 300 mil, R$
400 mil, é dinheiro pouco. O governo deve muito mais que isso aí.
Por que estou devendo? Porque
não me concederam o direito de
fazer vestibular em 97 e 98", disse
o presidente.
Sobre o descredenciamento da
faculdade, ele afirmou que o caso
"está sob censura".
De acordo com Raimundo Alves, "faltou habilidade, foi uma
injunção política".
"Se tivesse feito (a intervenção)
com inteligência, não teria sido
dessa maneira. As coisas vêm sendo feitas de forma errada desde
1989, com a cooperativa. Houve
roubo aqui dentro, tenho tudo documentado. Não fizemos isso, mas
jogam a culpa sobre nós e não nos
dão direito de sobrevivência. Eu só
vi coação."
"Tocar fogo"
Alves disse que, caso o parecer
do Conselho Nacional de Educação seja homologado, ele vai pegar
os documentos da faculdade, juntar em um terreno baldio e "tocar
fogo".
"Acabou-se. Sou professor há
mais de 30 anos. Eles é que sabem
se querem fechar ou não a instituição", afirmou.
"Aqui tem 82% de professores
com mestrado ou doutorado. Não
estou ligando, já tenho 75 anos. Se
quiserem mandar me matar, que
matem, mas não me entregarei
nunca."
(BB)
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