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Projeto exclui relações pela Internet
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Instituto dos
Advogados de São Paulo, Rui Celso Reali Fragoso, considera que o
projeto de reforma do Código Civil peca por não contemplar várias situações vividas pela sociedade brasileira, como as relações
oriundas da Internet.
"Na parte de família, o projeto
não acompanhou as últimas profundas modificações ocorridas na
sociedade brasileira. E não há nada sobre comércio eletrônico e relações na Internet", disse.
Fragoso ressalva que o Congresso está trabalhando com um texto
elaborado por Miguel Reale em
75, quando a Internet não existia e
a união livre, não contemplada na
reforma, era só uma tendência.
"O projeto não aborda a família
monoparental, formada pelo pai
ou pela mãe e os filhos, não prevê
a união livre, em que dois companheiros decidem por não casar
não por ignorância ou preguiça,
mas por opção, a união homossexual, a presunção de paternidade
e o bio direito, por exemplo."
Também não há nenhuma previsão para a infidelidade virtual,
aquela em que um dos cônjuges
trai o outro em canais de conversa
na Internet.
"É um fato concreto, que não
significa adultério, mas pode ser
extremamente desrespeitoso ao
cônjuge", disse.
Para Fragoso, o projeto em discussão apresenta inovações e terminologias novas e necessárias,
mas mereceria nova atualização
antes de ser aprovado.
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