São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RIBEIRÃO PRETO

Policial nega acusação

Delegado é acusado de ameaçar suspeito

FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A Corregedoria da Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) investigará as denúncias contra o delegado titular do setor de homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Sérgio Pereira da Silva.
Ele é acusado de ter coagido um suspeito de ter assassinado um casal na semana passada a confessar a autoria do crime. Ele nega as acusações. A Corregedoria informou que ainda não recebeu a representação do advogado do indiciado, mas, assim que isso acontecer, vai apurar o caso.
A morte do casal chegou a ser apontada pela polícia como mais uma suposta ação de um grupo de extermínio, por causa da forma como as vítimas foram mortas -com tiros na cabeça.
A denúncia contra o delegado foi feita pelo advogado Luiz Carlos Bento, responsável pela defesa de Lucas Nascimento, conhecido como Macuco e apontado como autor do crime. Segundo o advogado, seu cliente teria sido forçado a assinar a confissão do crime sob a ameaça de ficar preso e de ser torturado na cadeia.
Para o delegado, Nascimento teria confessado ter matado o casal por causa de uma dívida. "A confissão ocorreu de livre e espontânea vontade e foi presenciada pela advogada do suspeito", afirmou Pereira à Folha. A dívida na qual se refere o delegado seria a da compra de uma submetralhadora de fabricação caseira. O suspeito e a vítima seriam amigos.
A prisão de Nascimento ocorreu no domingo, quando ele teria passado por exame de corpo de delito. A Folha apurou que nos terminais do IML (Instituto Médico Legal) de Ribeirão não havia registro de que Nascimento teria passado pelo exame.


Texto Anterior: Campanha pede saída de secretário
Próximo Texto: Panorâmica - Rio: Inquérito apura possível excesso da polícia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.