São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

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Campanha pede saída de secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Entidades de direitos humanos reunidas ontem em São Paulo decidiram dar início a uma campanha para pedir o afastamento do secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, sob a justificativa de tornar transparente as investigações sobre as operações do Gradi.
A medida foi aprovada em reunião de 14 entidades, a maioria integrante do Movimento Nacional de Direitos Humanos, além do Grupo Tortura Nunca Mais e da Pastoral Carcerária de São Paulo.
""É para garantir a lisura da apuração, uma vez que o Gradi estava subordinado diretamente ao gabinete do secretário", afirmou o historiador Frederico dos Santos, 42, coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos.
Uma comissão irá elaborar um documento pedindo a saída do secretário, propondo que as investigações sejam acompanhadas por integrantes da sociedade civil e que o Gradi seja desativado. A idéia, segundo os coordenadores, é reunir assinaturas de outras entidades, até o dia 20, quando haverá um ato na Assembléia. Depois, o documento será enviado para autoridades, entre elas o governador Geraldo Alckmin.
""O crime organizado tem de ser combatido com rigor, mas dentro da lei", afirmou Santos.
O secretário será investigado pelo Tribunal de Justiça por causa das ações do Gradi, assim como os dois juízes -já afastados pelo TJ-, que davam autorizações para as operações do Gradi.
Ontem, a secretaria da Segurança Pública informou que não comentaria a decisão. Abreu Filho tem dito que desconhecia as ações de infiltração de presos da PM.


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