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Campanha pede saída de secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Entidades de direitos humanos
reunidas ontem em São Paulo decidiram dar início a uma campanha para pedir o afastamento do
secretário da Segurança Pública
do Estado, Saulo de Castro Abreu
Filho, sob a justificativa de tornar
transparente as investigações sobre as operações do Gradi.
A medida foi aprovada em reunião de 14 entidades, a maioria integrante do Movimento Nacional
de Direitos Humanos, além do
Grupo Tortura Nunca Mais e da
Pastoral Carcerária de São Paulo.
""É para garantir a lisura da apuração, uma vez que o Gradi estava
subordinado diretamente ao gabinete do secretário", afirmou o
historiador Frederico dos Santos,
42, coordenador do Movimento
Nacional de Direitos Humanos.
Uma comissão irá elaborar um
documento pedindo a saída do
secretário, propondo que as investigações sejam acompanhadas
por integrantes da sociedade civil
e que o Gradi seja desativado. A
idéia, segundo os coordenadores,
é reunir assinaturas de outras entidades, até o dia 20, quando haverá um ato na Assembléia. Depois, o documento será enviado
para autoridades, entre elas o governador Geraldo Alckmin.
""O crime organizado tem de ser
combatido com rigor, mas dentro
da lei", afirmou Santos.
O secretário será investigado
pelo Tribunal de Justiça por causa
das ações do Gradi, assim como
os dois juízes -já afastados pelo
TJ-, que davam autorizações para as operações do Gradi.
Ontem, a secretaria da Segurança Pública informou que não comentaria a decisão. Abreu Filho tem dito que desconhecia as ações de infiltração de presos da PM.
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