|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO
Como o hotel é tombado, a obra depende de autorização
Copacabana Palace faz 80 anos e quer anexo projetado por Niemeyer
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
"Se estas paredes (tetos, cadeiras, camas) falassem, quantas coisas maravilhosas e terríveis contariam." Escrita pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa no livro de
ouro do Copacabana Palace, talvez esta frase seja a melhor síntese
da história do hotel carioca.
Mas, se as paredes não falam,
cada um que passa pelo Copa
conta um pedaço da história do
hotel, que completou 80 anos ontem. Boa parte dessas memórias é
contada por Jorginho Guinle, 87.
Ele tinha sete anos quando o
Copa foi inaugurado por seu tio,
Octávio Guinle, na zona sul do
Rio. Mais tarde, seria figura-chave
da história do hotel quando, já
um playboy internacional, ajudaria a fazer do Copa destino de estrelas de Hollywood. "O que eu
mais me lembro daqueles tempos
são os bailes de Carnaval."
Em 1989, o hotel foi vendido pelos Guinle ao grupo Orient-Express Hotel por US$ 25 milhões.
Sofreu reformas e hoje é avaliado
em US$ 80 milhões. A nova direção encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um projeto para a
construção de um novo anexo (o
primeiro teve obras iniciadas em
1946) e mudança da fachada dos
fundos. Como o prédio é tombado, a mudança deve ser aprovada.
Texto Anterior: Morador questiona proposta para prédio Próximo Texto: Goiás: Calouro entra em coma alcoólico após trote Índice
|