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Francês é preso acusado de atuar como médico do tráfico na Rocinha
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu ontem um francês
acusado de fazer atendimento
médico, na Rocinha (zona sul), de
"soldados" do tráfico feridos.
Alain Berthier, 40, foi detido em
casa. A PM buscava no endereço
Eugenio Santos Costa, o Lion, e
Erismar Rodrigues, o Bem-Te-Vi,
supostos chefes da venda de drogas na parte baixa do morro.
Ao ver a polícia, por volta das
9h, Berthier fugiu, mas acabou
sendo convencido pela mulher,
uma brasileira, a se entregar. Ele
tinha identidade falsa da ONG
Médicos Sem Fronteiras e o cartão de uma clínica onde atenderia,
também na Rocinha.
Berthier poderá ser indiciado
por contribuição com o tráfico de
drogas e falsidade ideológica.
A polícia investiga a autenticidade do cartão e do diploma médico. A identidade profissional
apresentada por ele em sua carteira da clínica continha o número
16041964, que coincide com a data
de nascimento do francês -16 de
abril de 1964. O número está fora
do padrão do Conselho de Medicina fluminense (o código 52, do
Estado, e outros seis números) e
não bate com o dado do registro
falso da ONG (0194690).
O passaporte tinha, segundo a
polícia, uma adulteração na data-limite de permanência no Brasil,
em que número do mês (4, abril)
tinha sido mudado para 9.
De acordo com a PM, Berthier
admitiu que recebia pelo atendimento R$ 2.000 por mês de Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, morto há quatro meses durante a invasão da Rocinha por rivais. Desde então, Lion, apontado como
um dos sucessores de Lulu ao lado de Bem-Te-Vi, estaria pagando só o aluguel da casa.
Em outro local da favela, foram
apreendidos dentro de bolsas, enterradas no quintal de outra casa,
um fuzil, um lança-granadas e
cerca de mil munições.
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