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PROSTITUIÇÃO INFANTIL 3
Turistas reclamam de garotas que trabalham em barco e se oferecem a pescadores fazendo topless
Prostituição acontece em boate-flutuante
da Agência Folha, em Corumbá (MS)
A investida mais ousada do porno-turismo em Mato Grosso do
Sul fica a 160 km de Corumbá,
quatro horas e meia de barco pelo
rio Paraguai.
A casa flutuante "Pantera do
Pantanal", um sobrado com dez
prostitutas, bebida, jogo de luzes,
sala, cozinha e três quartos, começou a funcionar em abril em pleno
Pantanal, na Ilha do Coqueiro e
boca da Baía Formosa, habitat de
jacarés, tuiuiús, capivaras e dezenas de espécies de aves.
O cartão de visitas da boate traz
impresso o desenho de uma mulher entre duas onças e os seguintes dizeres: "Sua pescaria pode ser
melhor do que você imagina. Venha conhecer como desfrutar o
melhor do Pantanal".
Algumas agências de turismo de
Corumbá passaram a reclamar do
flutuante após um incidente que
ocorreu há cerca de 15 dias na região.
O barco da empresa de turismo
Indiaporã, onde estava um grupo
de médicos de Americana (133 km
a noroeste de São Paulo) acompanhados de suas mulheres, foi abordado por quatro prostitutas da
boate.
Elas estavam em um barco pequeno usado para atrair pescadores e turistas.
Um dos médicos respondeu ao
apelo das garotas e entrou no flutuante.
Sua mulher, enciumada, exigia,
aos gritos, que o barco retornasse a
Corumbá e encerrasse o passeio
turístico. Ela chegou a encostar um
isqueiro na mangueira de gasolina
do barco.
Adolescentes
O presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo, Orozimbo Garcia
Decenzo, 54, registrou queixas nas
Polícias Civil e Federal contra a direção do flutuante, acusando-a de
explorar menores de idade. A entidade tem 60 associados.
Decenzo disse que as meninas
costumam ficar "nuas e de topless".
"Esse tipo de coisa repercute
mal. Se cai na boca das mulheres
dos pescadores, elas vão achar que
aqui é tudo assim", afirmou Decenzo.
Ele disse que os donos do flutuante "combinam" com alguns
"piloteiros" de barcos para incluir
a casa no roteiro de passeios e pescarias.
Sem provas
A acusação de prostituição infantil não foi comprovada pela polícia.
A dona do flutuante, que se identifica apenas como "Zipporah",
negou que as mulheres assediem
os turistas no rio e que elas façam
topless.
"Não incomodamos ninguém",
defende-se. Ela não quis conceder
entrevista e as garotas não quiseram ser fotografadas.
(RV)
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