São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997.



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Agência quer fim de prostituição

da Agência Folha, em Campo Grande

A presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso do Sul (Sindetur), Rosa Maria do Amaral, 48, que congrega 98 empresas, disse que o turismo sexual "precisa ser varrido de vez".
Segundo ela, a exploração sexual nas cidades turísticas "atrapalha as empresas sérias".
Rosa Maria disse que as agências oficiais de turismo não têm condições de ficar acompanhando cada passo do turista que visita a região.
"Nós vendemos barco, hotel, transporte, isca. São pacotes prontos para quem quer pescar. Mas nós não podemos consultá-lo sobre suas outras pretensões", explicou Rosa Maria.
A presidente do Sindetur ainda não recebeu oficialmente os resultados do mapeamento do turismo sexual no Estado, mas já adiantou que as agências turísticas pouco poderão fazer para mudar o atual quadro.
"Nós já estamos fazendo nossa parte. Não incluímos esse tipo de programa nos nossos roteiros", garantiu ela.
A diretora de turismo do governo do Estado, Marilene Coimbra, disse que a exploração sexual "infelizmente é uma realidade".
Para ela, a situação em Mato Grosso do Sul ainda não é "gritante". "Aqui não tem a proporção, por exemplo, do que ocorre em São Paulo", comparou ela.
Segundo Marilene, a "conscientização da sociedade", que deveria começar na escola, é a única forma de erradicar a exploração sexual.



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