São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2005

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JUSTIÇA

Presidente da CET é "blindado" contra prisão

DA REPORTAGEM LOCAL

A palavra cautela voltou a ganhar destaque no dicionário da política nacional. Há duas semanas, o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, foi à Câmara paulistana falar a vereadores sobre os pólos geradores de tráfego. Ficou na Comissão de Transportes por duas horas e zarpou dali com seus assessores.
O que ninguém sabia é que ele estava protegido por um salvo-conduto da Justiça, que lhe permitia retirar-se do recinto caso se sentisse constrangido pelas perguntas sem que isso fosse usado como motivo para sua prisão.
Segundo a liminar, ele temia ser impedido de deixar o local se essa medida fosse entendida como desacato à autoridade ou desobediência à ordem legal, que, em última instância, poderiam levar à decretação de sua prisão.
É uma estratégia semelhante à adotada pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, que pediu um habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal para que não fosse preso em seu depoimento à CPI dos Correios.
A decisão do juiz Ênio Móz Godoy, do Jecrim (Juizado Especial Criminal), só chegou ao conhecimento dos vereadores nesta semana. "Não entendemos por que ele teve tanto receio de falar na Câmara. É estranho", diz o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PL). Scaringella não comentou o assunto. (FABIO SCHIVARTCHE)


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