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JUSTIÇA
Presidente da CET é "blindado" contra prisão
DA REPORTAGEM LOCAL
A palavra cautela voltou a ganhar destaque no dicionário da
política nacional. Há duas semanas, o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, foi à Câmara paulistana falar a vereadores sobre os pólos geradores de
tráfego. Ficou na Comissão de
Transportes por duas horas e zarpou dali com seus assessores.
O que ninguém sabia é que ele
estava protegido por um salvo-conduto da Justiça, que lhe permitia retirar-se do recinto caso se
sentisse constrangido pelas perguntas sem que isso fosse usado
como motivo para sua prisão.
Segundo a liminar, ele temia ser
impedido de deixar o local se essa
medida fosse entendida como desacato à autoridade ou desobediência à ordem legal, que, em última instância, poderiam levar à
decretação de sua prisão.
É uma estratégia semelhante à
adotada pelo publicitário Marcos
Valério Fernandes de Souza, que
pediu um habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal
para que não fosse preso em seu
depoimento à CPI dos Correios.
A decisão do juiz Ênio Móz Godoy, do Jecrim (Juizado Especial
Criminal), só chegou ao conhecimento dos vereadores nesta semana. "Não entendemos por que
ele teve tanto receio de falar na
Câmara. É estranho", diz o vereador Antonio Carlos Rodrigues
(PL). Scaringella não comentou o
assunto.
(FABIO SCHIVARTCHE)
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