São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2004

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BRASÍLIA

Chefe de atividades policiais e colega foram presos

Câmara exonera dois funcionários acusados de seqüestro e extorsão

O chefe dos Serviços de Atividades Policiais da Câmara dos Deputados, Leorlando Lira de Almeida, e um outro funcionário do setor foram exonerados de suas funções depois de serem presos na noite de sábado, sob a acusação de participação em seqüestro e extorsão.
Almeida e Ricardo Comeli, um dos responsáveis pela implantação do atual sistema de informática da Câmara, foram presos pela Polícia Militar numa estrada do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, que assumiu as investigações, os dois estavam acompanhados de um policial militar e estariam mantendo refém, em um carro, uma família de comerciantes chineses que teria participação em pirataria de óculos com o objetivo de extorquir dinheiro.
Almeida e Comeli disseram que estavam em missão secreta a pedido da CPI da Pirataria, o que foi negado pela Câmara.
"Vou demitir e afastar quem estiver envolvido nisso", disse o presidente da Casa, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
Almeida chefiava um setor que tem a função de desenvolver as atividades policiais na Casa e nas áreas circunvizinhas. Ele trabalha na Câmara desde 1983 e, por ser concursado, responderá a inquérito administrativo.
Comeli -na Câmara desde 1997- tinha só o cargo de confiança, ou seja, após a exoneração não tem mais vínculos com a Casa. Ele obteve habeas corpus e foi solto. Seu advogado, Amaury Ferralvo, disse que ele nega as acusações e que tudo ficará provado no processo.
A reportagem não pôde falar com o advogado de Almeida ontem. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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