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BRASÍLIA
Chefe de atividades policiais e colega foram presos
Câmara exonera dois funcionários acusados de seqüestro e extorsão
O chefe dos Serviços de Atividades Policiais da Câmara dos Deputados, Leorlando Lira de Almeida, e um outro funcionário do
setor foram exonerados de suas
funções depois de serem presos
na noite de sábado, sob a acusação de participação em seqüestro
e extorsão.
Almeida e Ricardo Comeli, um
dos responsáveis pela implantação do atual sistema de informática da Câmara, foram presos pela
Polícia Militar numa estrada do
Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, que
assumiu as investigações, os dois
estavam acompanhados de um
policial militar e estariam mantendo refém, em um carro, uma
família de comerciantes chineses
que teria participação em pirataria de óculos com o objetivo de
extorquir dinheiro.
Almeida e Comeli disseram que
estavam em missão secreta a pedido da CPI da Pirataria, o que foi
negado pela Câmara.
"Vou demitir e afastar quem estiver envolvido nisso", disse o
presidente da Casa, deputado
João Paulo Cunha (PT-SP).
Almeida chefiava um setor que
tem a função de desenvolver as
atividades policiais na Casa e nas
áreas circunvizinhas. Ele trabalha
na Câmara desde 1983 e, por ser
concursado, responderá a inquérito administrativo.
Comeli -na Câmara desde
1997- tinha só o cargo de confiança, ou seja, após a exoneração
não tem mais vínculos com a Casa. Ele obteve habeas corpus e foi
solto. Seu advogado, Amaury Ferralvo, disse que ele nega as acusações e que tudo ficará provado no
processo.
A reportagem não pôde falar
com o advogado de Almeida ontem.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)
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