São Paulo, quarta-feira, 14 de novembro de 2001

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Professores discordam de mudanças

DA REPORTAGEM LOCAL

"Gostaria de conhecer as razões da mudança de natureza [do Saresp"", afirma o professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo Luis Carlos de Menezes.
Segundo ele, que ajudou a elaborar provas anteriores, mas não participou das discussões para a formatação do próximo exame, o Saresp tem sido um instrumento de avaliação escolar. "Parece-me um recuo de proposta [que o exame passe a ter poder de reprovação"."
Para ele, se vai haver reprovação, significa que o sistema não está funcionando. "Se o sistema não está servindo, tem que mudar o sistema", diz.
"Espero que, diante de resultados negativos no aprendizado, a criança não seja submetida ao mesmo tipo de ação que não deu certo", disse.
Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato dos professores do Estado, diz que a secretaria está fazendo uma intervenção. "É a coisa mais ilógica que já vi em termos de autonomia das escolas", afirma.
Para ela, a avaliação do aluno é uma prerrogativa do professor. Além disso, ela discorda de o exame envolver só português. "Está certo que é um meio de adquirir outros conhecimentos, mas não basta avaliar só isso", diz. O sindicato pretende organizar discussões com pais sobre o assunto.


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