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Professores discordam de mudanças
DA REPORTAGEM LOCAL
"Gostaria de conhecer as razões da mudança de natureza
[do Saresp"", afirma o professor do Instituto de Física da
Universidade de São Paulo Luis
Carlos de Menezes.
Segundo ele, que ajudou a
elaborar provas anteriores,
mas não participou das discussões para a formatação do próximo exame, o Saresp tem sido
um instrumento de avaliação
escolar. "Parece-me um recuo
de proposta [que o exame passe a ter poder de reprovação"."
Para ele, se vai haver reprovação, significa que o sistema não
está funcionando. "Se o sistema não está servindo, tem que
mudar o sistema", diz.
"Espero que, diante de resultados negativos no aprendizado, a criança não seja submetida ao mesmo tipo de ação que
não deu certo", disse.
Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato dos professores do Estado, diz que a secretaria está fazendo uma intervenção. "É a coisa mais ilógica que já vi em termos de autonomia das escolas", afirma.
Para ela, a avaliação do aluno
é uma prerrogativa do professor. Além disso, ela discorda de
o exame envolver só português.
"Está certo que é um meio de
adquirir outros conhecimentos, mas não basta avaliar só isso", diz. O sindicato pretende
organizar discussões com pais
sobre o assunto.
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