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AMBIENTE
Denúncia deve ser encaminhada ao Ministério Público
Dono de aterro deposita lixo tóxico fora de locais aprovados pela Cetesb
ANA PAULA MARGARIDO
DA FOLHA CAMPINAS
O dono do aterro industrial
Mantovani, Waldemar Mantovani, localizado em Santo Antônio
de Posse (150 km de São Paulo),
depositou lixo tóxico fora dos locais aprovados pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). A revelação
foi feita ontem por Mantovani em
audiência pública realizada na
Assembléia Legislativa do Estado.
O aterro, que iniciou atividades
em 74, recebeu lixo de 62 empresas durante 13 anos. Em 87, o aterro foi interditado pela Cetesb por
não apresentar segurança.
A reunião na Assembléia foi
promovida pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente para discutir a contaminação do lençol
freático de Santo Antônio de Posse. A água subterrânea de uma
área rural foi contaminada por
solventes orgânicos, entre eles, o
1,2-dicloroetano, suspeito de causar câncer em humanos. A substância foi encontrado em um poço do sítio Santa Adélia. A propriedade fica ao lado do aterro.
A Cetesb informou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
vai investigar a quantidade de lixo
depositada fora do aterro. Segundo a Cetesb, os locais clandestinos
de depósito de lixo serão analisados por técnicos.
O deputado estadual Wagner
Lino (PT) disse que vai encaminhar a denúncia de Mantovani ao
Ministério Público de Mogi-Mirim, responsável pelo inquérito
civil que apura as responsabilidades sobre a contaminação. Em setembro, cerca de 40 empresas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta, no qual se
comprometiam a arcar com os
custos de recuperação do local.
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