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Legista de SP teria falsificado documentos
DO "AGORA"
Indiciado pela Polícia Civil
por desvio ilegal de órgãos e cadáveres de pelo menos 13 pessoas, o médico-legista Antônio
Aurélio Monteiro agora está
sendo acusado de emitir e assinar ofícios, sem nenhum valor
jurídico, para tentar legalizar a
subtração de corpos do IML de
Franco da Rocha (Grande SP).
O delegado Marco Antônio
Dario, que preside o inquérito,
disse que o objetivo de Monteiro era apenas aparentar legalidade em sua atitude criminosa.
Carlos Vadalá, chefe dos investigadores da seccional, afirma
que a intenção era enganar os
funcionários do IML, que teriam pouca instrução.
Por meio desses papéis, o delegado apreendeu cinco cadáveres em duas faculdades
-uma em São João da Boa
Vista e outra em Itajubá (MG).
O indiciamento de Monteiro
aconteceu dia 9, após o delegado apurar por meio de exumação de 11 corpos que o legista
subtraiu total ou parcialmente
os respectivos órgãos.
Ex-diretor do IML, Monteiro
negou, durante depoimento à
polícia, que os ofícios assinados por ele fossem encaminhamento de órgãos retirados.
Ele afirma que os documentos se referiam a convênios que
estava fazendo com faculdades
para exames anatomopatológicas nos órgãos.
Segundo o delegado Dario,
essa também foi a justificativa
que ele deu para a subtração
dos cadáveres. "Só que ele não
apresentou nenhum laudo. O
procedimento também não
consta no livro de registro."
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