São Paulo, quarta-feira, 14 de novembro de 2001

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Legista de SP teria falsificado documentos

DO "AGORA"

Indiciado pela Polícia Civil por desvio ilegal de órgãos e cadáveres de pelo menos 13 pessoas, o médico-legista Antônio Aurélio Monteiro agora está sendo acusado de emitir e assinar ofícios, sem nenhum valor jurídico, para tentar legalizar a subtração de corpos do IML de Franco da Rocha (Grande SP).
O delegado Marco Antônio Dario, que preside o inquérito, disse que o objetivo de Monteiro era apenas aparentar legalidade em sua atitude criminosa. Carlos Vadalá, chefe dos investigadores da seccional, afirma que a intenção era enganar os funcionários do IML, que teriam pouca instrução.
Por meio desses papéis, o delegado apreendeu cinco cadáveres em duas faculdades -uma em São João da Boa Vista e outra em Itajubá (MG).
O indiciamento de Monteiro aconteceu dia 9, após o delegado apurar por meio de exumação de 11 corpos que o legista subtraiu total ou parcialmente os respectivos órgãos.
Ex-diretor do IML, Monteiro negou, durante depoimento à polícia, que os ofícios assinados por ele fossem encaminhamento de órgãos retirados.
Ele afirma que os documentos se referiam a convênios que estava fazendo com faculdades para exames anatomopatológicas nos órgãos.
Segundo o delegado Dario, essa também foi a justificativa que ele deu para a subtração dos cadáveres. "Só que ele não apresentou nenhum laudo. O procedimento também não consta no livro de registro."


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