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Até vestibular está ameaçado
DA AGÊNCIA FOLHA
Sem repasse de verba, com orçamentos congelados e dívidas
acumuladas, muitas das 53 instituições federais de ensino superior (Ifes) estão suspendendo o
pagamento das contas de água,
luz e telefone e renegociando débitos com credores e prestadores
de serviços. Mas a crise já ameaça
até a realização de um vestibular.
Mesmo contando com possíveis
recursos de emendas parlamentares, deverá chegar a R$ 9 milhões,
até o fim do ano, a dívida da UFC
(Universidade Federal do Ceará)
com água, energia, telefone, fotocópias, limpeza e segurança.
Há oito anos o orçamento de
custeio da UFC está congelado em
R$ 14,4 milhões ao ano, diz o reitor René Barreira. Para cortar gastos, foram bloqueadas as ligações
para telefones celulares e recuperados poços para o abastecimento
de água. Está em estudo a utilização de energia alternativa.
Reitor da UFMT (Universidade
Federal de Mato Grosso), Paulo
Speller disse precisar da abertura
de orçamento de R$ 4,3 milhões
para fazer o vestibular no fim do
mês. A verba foi captada por convênios, mas depende de autorização federal para ser usada. A
UFMT espera a liberação de mais
R$ 3,7 milhões do Orçamento.
A UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais) não paga suas
contas de água e luz desde agosto.
A dívida alcança R$ 2,7 milhões.
Os serviços só não foram cortados
porque houve acordo com o governo do Estado, que administra
as companhias energética (Cemig) e de água (Copasa).
Segundo a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento,
faltam ser liberados R$ 7 milhões
do Orçamento para a UFMG, cujo
déficit no ano é de R$ 5 milhões.
Se não quitar dívidas até dezembro, fará cortes na concessão de
bolsas e no pessoal terceirizado.
A UFRGS, no Rio Grande do
Sul, negociou em setembro melhorias no pagamento da dívida
com a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), de R$ 3
milhões. Há um ano sem pagar as
contas de eletricidade, a dívida da
UFRN, no Rio Grande do Norte,
já chega a R$ 3,8 milhões.
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