THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

Um barco pesqueiro com seis turistas naufragou na noite de anteontem e deixou um tripulante morto e um desaparecido em Bertioga, litoral sul (a 92 km de São Paulo). Após o naufrágio, cinco delas decidiram esperar por ajuda. Três pessoas ficaram quase 24 horas à deriva em alto-mar e só foram resgatadas pelos bombeiros na tarde de ontem.
Uma pessoa não resistiu e morreu afogada e outra desapareceu. Um dos tripulantes conseguiu se salvar pela manhã e foi nadando até a costa.
Foi ele quem ajudou os bombeiros e a Marinha a encontrar os outros sobreviventes.
Segundo o tenente Carlos Silva, os três tripulantes resgatados no mar estavam "bastante debilitados" ao serem encontrados, por volta das 17h, ao sul do farol da Moela -o mais antigo do litoral paulista. Os turistas, residentes em São Paulo, são parentes e costumam fazer o passeio todos os finais de semana no local, segundo Silva. O trajeto, conta, é sempre o mesmo: vão de Bertioga à Ilha dos Alcatrazes, para pescar. Mas, na noite de anteontem, tiveram problemas com a embarcação.
A família percebeu a entrada de água em excesso no barco -um fishing de 23 pés, de nome Tenerife. Entrou, então, em contato com o Centro Náutico de Bertioga, por volta das 18h30 de anteontem. Mas, minutos depois, perderam a comunicação.
Os bombeiros iniciaram as buscas com um bote e uma aeronave. Decidiram depois suspendê-las durante a noite, já que não havia sinais do grupo.
Na manhã de ontem, um deles, que conseguiu nadar até a costa, passou a auxiliar os bombeiros na tentativa de encontrar o local do naufrágio e os sobreviventes. Ele chegou à terra por volta das 8h.
À tarde, um navio e uma lancha da Marinha foram acionados, e três tripulantes do barco foram encontrados. Um outro tripulante do barco não resistiu e morreu afogado.
Os bombeiros encontraram o corpo do turista próximo ao local onde estavam os sobreviventes. Um outro continuava desaparecido até o fechamento desta edição.
As buscas se concentravam na Laje de Santos e em Montão de Trigo, em Bertioga.
Até o fechamento desta edição, o Corpo de Bombeiros ainda não havia divulgado os nomes das pessoas que estavam no barco que naufragou.
Silva não soube informar quem era o dono da embarcação.
A Capitania dos Portos também não possuía informações precisas sobre o que ocorreu com o barco pesqueiro.


Texto Anterior: Parecer deve ser votado até o dia 30
Próximo Texto: Moacyr Scliar: O carro como paixão
Índice