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Mercadão e Teatro Municipal devem ter garagem subterrânea
Empresas gastarão R$ 25 milhões em cada área, incluindo lote perto da 25 de Março; prefeitura não controlará valor da tarifa
Com outras três áreas em licitação, centro de SP deve ganhar mais 3.000 vagas em 2008; grupos que vencerem explorarão lotes por 30 anos
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo iniciou a licitação para a construção de mais três garagens subterrâneas na região central da
cidade -uma delas será sob o
Mercado Municipal Cantareira, o Mercadão, com até 500 vagas, onde, devido à falta de estacionamento, passou a ser cobrada a zona azul no final de
2005, inclusive aos domingos.
Há outras duas garagens previstas, na praça Ramos de Azevedo, o que deve garantir vagas
aos freqüentadores do Teatro
Municipal, e no Pátio do Colégio, próximo ao centro comercial da rua 25 de Março.
Já está em curso a concorrência para outras três garagens subterrâneas -na praça
João Mendes, na praça Dom
José Gaspar e na avenida São
João, ao lado do Anhangabaú.
As seis garagens devem criar
3.000 vagas, diz Raul do Valle,
diretor de Projetos e Intervenções Urbanas da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). Metade delas deverá estar
concluída em meados de 2008.
A implantação dos estacionamentos subterrâneos é um dos
principais planos da gestão José Serra-Gilberto Kassab para
estimular a freqüência a pontos
do centro em que a falta de vagas desestimula motoristas.
Um dos exemplos é o Mercadão, que recebe 15 mil pessoas
por dia, número que salta para
20 mil em dezembro. No local
há quase 300 quiosques, oito
restaurantes e cerca de 190 vagas de garagem -ganharia 500.
A associação de comerciantes
diz serem necessárias mil.
O subprefeito da Sé, Andrea
Matarazzo, diz também que as
garagens devem estimular a
ocupação de imóveis. "Boa parte dos prédios do centro não
conta com garagem, demanda
que vem aumentando com a
instalação de universidades."
Pelo edital, as empresas
construirão as garagens -cada
uma deve custar cerca de R$ 25
milhões- e terão o direito de
explorar o serviço por 30 anos.
O edital não fixa o valor das
tarifas, que, segundo o diretor
da Emurb, serão fixadas pelas
próprias concessionárias, com
base nos preços de mercado.
Durante o prazo da concessão, a prefeitura receberá das
empresas uma parcela do faturamento. Essa contrapartida é
um dos critérios para definir a
vencedora da licitação.
De acordo com Valle, cerca
de 40 empresas adquiriram os
editais para participar da licitação do primeiro lote.
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