São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006

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Mercadão e Teatro Municipal devem ter garagem subterrânea

Empresas gastarão R$ 25 milhões em cada área, incluindo lote perto da 25 de Março; prefeitura não controlará valor da tarifa

Com outras três áreas em licitação, centro de SP deve ganhar mais 3.000 vagas em 2008; grupos que vencerem explorarão lotes por 30 anos

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo iniciou a licitação para a construção de mais três garagens subterrâneas na região central da cidade -uma delas será sob o Mercado Municipal Cantareira, o Mercadão, com até 500 vagas, onde, devido à falta de estacionamento, passou a ser cobrada a zona azul no final de 2005, inclusive aos domingos.
Há outras duas garagens previstas, na praça Ramos de Azevedo, o que deve garantir vagas aos freqüentadores do Teatro Municipal, e no Pátio do Colégio, próximo ao centro comercial da rua 25 de Março.
Já está em curso a concorrência para outras três garagens subterrâneas -na praça João Mendes, na praça Dom José Gaspar e na avenida São João, ao lado do Anhangabaú.
As seis garagens devem criar 3.000 vagas, diz Raul do Valle, diretor de Projetos e Intervenções Urbanas da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). Metade delas deverá estar concluída em meados de 2008.
A implantação dos estacionamentos subterrâneos é um dos principais planos da gestão José Serra-Gilberto Kassab para estimular a freqüência a pontos do centro em que a falta de vagas desestimula motoristas.
Um dos exemplos é o Mercadão, que recebe 15 mil pessoas por dia, número que salta para 20 mil em dezembro. No local há quase 300 quiosques, oito restaurantes e cerca de 190 vagas de garagem -ganharia 500. A associação de comerciantes diz serem necessárias mil.
O subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, diz também que as garagens devem estimular a ocupação de imóveis. "Boa parte dos prédios do centro não conta com garagem, demanda que vem aumentando com a instalação de universidades."
Pelo edital, as empresas construirão as garagens -cada uma deve custar cerca de R$ 25 milhões- e terão o direito de explorar o serviço por 30 anos.
O edital não fixa o valor das tarifas, que, segundo o diretor da Emurb, serão fixadas pelas próprias concessionárias, com base nos preços de mercado.
Durante o prazo da concessão, a prefeitura receberá das empresas uma parcela do faturamento. Essa contrapartida é um dos critérios para definir a vencedora da licitação.
De acordo com Valle, cerca de 40 empresas adquiriram os editais para participar da licitação do primeiro lote.


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