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Após "beijaço", pizzaria do Rio promete ficar mais tolerante com gays
MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO
Beijos na boca entre o bailarino Pedro Caio, 19, e o psicólogo Alberto Carneiro, 27,
marcaram ontem protesto de
gays, lésbicas e simpatizantes
para denunciar a discriminação contra homossexuais em
uma das mais tradicionais redes de pizzarias e casas de
massas do Rio -a Parmê, com
35 anos de existência, 20 lojas
e 1.600 funcionários.
Em frente à unidade do largo do Machado (zona sul), na
hora do almoço, dezenas de
pessoas pararam para ver os
beijos do casal que participou
do ato contra a proibição de
outros beijos: na noite de 25
de outubro, duas universitárias foram interpeladas pelo
gerente contrariado com os
carinhos que trocavam.
Segundo a queixa feita pelas jovens, que não querem
ser identificadas, à polícia, o
gerente Miguel Passarelo as
expulsou. As duas não compareceram ao "beijaço".
A Parmê diz que só pediu às
clientes mais discrição. A pizzaria prometeu ontem não
mais reprimir beijos.
Pessoas que passaram pela
pizzaria comentaram o protesto. "Não tem que haver
discriminação. Elas podiam
ser filhas da gente", disse Iolanda Senseve, 68.
Uma senhora reagiu ao ouvir referência a uma lei estadual que pune a discriminação em virtude de orientação
sexual: "Tem que ter uma lei é
contra a sem-vergonhice!".
A lei em questão é a 3.406,
de 2000. Permite multar em
R$ 5.321,00 (ou R$ 10.641,00,
em caso de reincidência) estabelecimentos privados que
adotarem medidas de discriminação "não previstas na legislação pertinente".
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