São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2006

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Após "beijaço", pizzaria do Rio promete ficar mais tolerante com gays

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Beijos na boca entre o bailarino Pedro Caio, 19, e o psicólogo Alberto Carneiro, 27, marcaram ontem protesto de gays, lésbicas e simpatizantes para denunciar a discriminação contra homossexuais em uma das mais tradicionais redes de pizzarias e casas de massas do Rio -a Parmê, com 35 anos de existência, 20 lojas e 1.600 funcionários.
Em frente à unidade do largo do Machado (zona sul), na hora do almoço, dezenas de pessoas pararam para ver os beijos do casal que participou do ato contra a proibição de outros beijos: na noite de 25 de outubro, duas universitárias foram interpeladas pelo gerente contrariado com os carinhos que trocavam.
Segundo a queixa feita pelas jovens, que não querem ser identificadas, à polícia, o gerente Miguel Passarelo as expulsou. As duas não compareceram ao "beijaço".
A Parmê diz que só pediu às clientes mais discrição. A pizzaria prometeu ontem não mais reprimir beijos.
Pessoas que passaram pela pizzaria comentaram o protesto. "Não tem que haver discriminação. Elas podiam ser filhas da gente", disse Iolanda Senseve, 68.
Uma senhora reagiu ao ouvir referência a uma lei estadual que pune a discriminação em virtude de orientação sexual: "Tem que ter uma lei é contra a sem-vergonhice!".
A lei em questão é a 3.406, de 2000. Permite multar em R$ 5.321,00 (ou R$ 10.641,00, em caso de reincidência) estabelecimentos privados que adotarem medidas de discriminação "não previstas na legislação pertinente".


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