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OUTRO LADO
Citados negam ligações com traficantes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Vicente Leal de
Araújo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), e o juiz federal Luiz Fernando da Costa
Tourinho Neto, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª
Região, afirmaram, em notas
divulgadas ontem, que agiram
de acordo com o que prevê a
lei. Negaram ter sido influenciados pelo traficante Leonardo Dias Mendonça ou pelo deputado Pinheiro Landim
(PMDB-CE) na concessão de
habeas corpus.
"Sobre as ignominiosas notícias de que sou citado em conversa de traficantes, o bom senso indica que ninguém está livre de mentiras de lobistas, que
usam o nome alheio para vender seus serviços. Brasília é a
arena de lobistas inescrupulosos", diz a nota de Araújo.
O ministro do STJ disse que
julgou um habeas corpus "em
favor" de Mendonça por ter
constatado "excesso de prazo
na formação de culpa" -a prisão preventiva já havia se prolongado demasiadamente. Segundo o ministro, outros réus
da mesma ação já estavam em
liberdade.
O juiz Tourinho Neto afirmou, em declaração pública divulgada ontem, que emitiu voto pela concessão do pedido do
traficante porque a prisão preventiva não cumpria os preceitos da legislação penal. Disse
ainda que a sua decisão foi referendada por outros dois juízes
da turma de férias do TRF.
"Entendo que todo indivíduo
só pode sofrer restrição à liberdade de ir e vir se os pressupostos necessários estão presentes", disse Tourinho na declaração divulgada.
O desembargador Eustáquio
Silveira afirmou, em nota, que
nunca concedeu habeas corpus
a Mendonça. O filho de Silveira, Igor, não foi localizado pela
reportagem. O deputado Landim, procurado durante todo o
dia, não foi encontrado.
Investigação
Em nota oficial, o presidente
do TRF da 1ª Região, Antônio
Augusto Catão Alves, disse que
determinou a "apuração de todos os fatos" envolvendo
membros do tribunal e supostas irregularidades relacionadas à operação Diamante da
Polícia Federal.
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