São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2006

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TRÂNSITO

Vereador José Diniz ganhará mais espaço; via tem hoje trechos espremidos por ocupação irregular, afirma Emurb

Alargamento de avenida vai tirar "invasores"

AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL

A avenida Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo, tem hoje trechos "espremidos" devido à ocupação irregular de áreas públicas que eram destinadas à via.
A afirmação é de Regina Monteiro, diretora da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), que está fazendo um levantamento sobre os imóveis irregulares da região. Parte da avenida só tem duas faixas, uma em cada sentido.
O estudo vai subsidiar as ações de alargamento da via entre a avenida Vicente Rao e a rua Marechal Deodoro, extensão na qual ela passará a contar com cinco faixas: duas para quem vai ao Ibirapuera e três no sentido Santo Amaro.
A obra deve começar no próximo mês, e a previsão é que esse alargamento esteja concluído antes do fim do ano. Ao todo, R$ 28 milhões devem ser investidos na mudança, afirma José Antonio Barros Munhoz, subprefeito de Santo Amaro. Desse total, cerca de R$ 8 milhões, segundo ele, devem ser destinados à desapropriação de terrenos particulares.
A diretora da Emurb prefere não citar valores. "O projeto de alargamento já está resolvido. Esse trabalho serve para que, na hora da desapropriação, a prefeitura não tenha que pagar novamente por áreas que já são dela", afirma.
O decreto-lei que instituiu a via, da década de 40, segundo Monteiro, definiu que ela teria 38 metros de largura, além de 12 metros de recuo -seis em cada lado.
O leito carroçável, porém, não foi implementado imediatamente, fazendo com que parte dos imóveis que existiam na área continuasse ali e que novos fossem construídos ao longo dos anos.
Com a falta de fiscalização, duas áreas identificadas nos mapas da prefeitura como espaço para áreas verdes estão hoje ocupadas por restaurantes e lanchonetes.
Monteiro reconhece, porém, que deve haver disputa. "Há casos em que a prefeitura tem documentos provando que a área é pública e os proprietários têm documentos mostrando que é deles, com alvará de funcionamento."
O subprefeito de Santo Amaro diz que a questão não vai interferir nas obras. "Isso está sendo visto milimetricamente, e 98% das dúvidas foram esclarecidas."
O projeto passou por outras 12 versões até chegar ao formato atual, afirma, de modo que as questões da comunidade fossem atendidas. Uma das queixas era relacionada às árvores cortadas. "Seriam 800, agora serão 40", diz.


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