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TRÂNSITO
Vereador José Diniz ganhará mais espaço; via tem hoje trechos espremidos por ocupação irregular, afirma Emurb
Alargamento de avenida vai tirar "invasores"
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
A avenida Vereador José Diniz,
na zona sul de São Paulo, tem hoje
trechos "espremidos" devido à
ocupação irregular de áreas públicas que eram destinadas à via.
A afirmação é de Regina Monteiro, diretora da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização),
que está fazendo um levantamento sobre os imóveis irregulares da
região. Parte da avenida só tem
duas faixas, uma em cada sentido.
O estudo vai subsidiar as ações
de alargamento da via entre a avenida Vicente Rao e a rua Marechal
Deodoro, extensão na qual ela
passará a contar com cinco faixas:
duas para quem vai ao Ibirapuera
e três no sentido Santo Amaro.
A obra deve começar no próximo mês, e a previsão é que esse
alargamento esteja concluído antes do fim do ano. Ao todo, R$ 28
milhões devem ser investidos na
mudança, afirma José Antonio
Barros Munhoz, subprefeito de
Santo Amaro. Desse total, cerca
de R$ 8 milhões, segundo ele, devem ser destinados à desapropriação de terrenos particulares.
A diretora da Emurb prefere
não citar valores. "O projeto de
alargamento já está resolvido. Esse trabalho serve para que, na hora da desapropriação, a prefeitura
não tenha que pagar novamente
por áreas que já são dela", afirma.
O decreto-lei que instituiu a via,
da década de 40, segundo Monteiro, definiu que ela teria 38 metros
de largura, além de 12 metros de
recuo -seis em cada lado.
O leito carroçável, porém, não
foi implementado imediatamente, fazendo com que parte dos
imóveis que existiam na área continuasse ali e que novos fossem
construídos ao longo dos anos.
Com a falta de fiscalização, duas
áreas identificadas nos mapas da
prefeitura como espaço para
áreas verdes estão hoje ocupadas
por restaurantes e lanchonetes.
Monteiro reconhece, porém,
que deve haver disputa. "Há casos
em que a prefeitura tem documentos provando que a área é pública e os proprietários têm documentos mostrando que é deles,
com alvará de funcionamento."
O subprefeito de Santo Amaro
diz que a questão não vai interferir nas obras. "Isso está sendo visto milimetricamente, e 98% das
dúvidas foram esclarecidas."
O projeto passou por outras 12
versões até chegar ao formato
atual, afirma, de modo que as
questões da comunidade fossem
atendidas. Uma das queixas era
relacionada às árvores cortadas.
"Seriam 800, agora serão 40", diz.
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