JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

As pessoas reduzem o consumo de bebidas alcoólicas com o avançar da idade, segundo estudos realizados nos EUA. Em estudo publicado na revista "Addiction", pesquisadores avaliaram se o percentual dos que consomem bebidas exageradamente também diminui quando se tornam idosos.
O médico Arun Karlamangla e colaboradores da Faculdade de Medicina David Geffen/UCLA, em Los Angeles, EUA, analisaram o consumo usual de aperitivos (cinco para homens, quatro para mulheres), em cada ocasião, dentre os 14.127 participantes do estudo, com idade entre 25 e 74 anos.
Observaram que o consumo exagerado diminui mais lentamente entre os homens do que entre as mulheres e entre fumantes quando comparados com não-fumantes. Uma maior probabilidade de excesso na ingestão de bebida alcoólica estava associada a pessoas que não estavam casadas e às que apresentavam menor escolaridade e dispunham de menos recursos financeiros. Karlamangla encontrou importante queda no consumo entre os que se casaram ou abandonaram o vício do fumo. Para ele, é o primeiro estudo a demonstrar que o comportamento do bebedor exagerado pode ser mudado. A pesquisa também mostrou que, ao contrário do concluído antes, pessoas com maior grau de escolaridade e recursos financeiros têm menos propensão para o abuso com bebidas alcoólicas.

Gripe aviária
Pesquisadores teriam identificado a causa de o vírus H5N1, agente da gripe aviária, ser tão perigoso e mortal para os seres humanos. Michael Chan e colaboradores da Universidade de Hong Kong e do Vietnã referem na revista "Respiratory Research" que em células humanas o vírus pode desencadear um processo inflamatório dez vezes maior do que o provocado pelo vírus comum da gripe, o H1N1. Eles estudaram proteínas induzidas pelo vírus H5N1 em células pulmonares humanas, "in vitro". Essas proteínas coordenam e regulam a resposta imunológica. Alterando esse balanço, surgiria o processo inflamatório incontrolável.


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