São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2006

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Água nem sempre é própria para banho

Caio Guatelli/Folha Imagem
Instrutor da escola de vela Pera Náutica coordena seus alunos de windsurf e vela na represa de Guarapiranga, zona sul de São Paulo


DA REDAÇÃO

Os apaixonados pela represa dizem que ela é limpa. Quem nunca foi torce o nariz e afirma que ela é suja. De acordo com a Cetesb, ambos estão certos, pois muitas praias estão constantemente impróprias, enquanto outras estão boas para banho.
A Cetesb (agência ambiental paulista) avalia semanalmente o índice de balneabilidade de 13 praias da Guarapiranga, consideradas pontos estratégicos.
As bandeiras verde e vermelha indicam a situação, que também pode ser acompanhada pela internet (www.cetesb.sp.gov.br).
"Não existe uma regra fixa, depende da época, das chuvas, de vários fatores. Sabemos que a água está comprometida, deveria ter um padrão superior, mas a população tem que ter um local de recreação", diz o biólogo da Cetesb Roberto Palombo.
As principais causas da poluição são esgoto doméstico e algas. Segundo o especialista, o problema é fruto do avanço da malha urbana sobre áreas de manancial, que deveriam ter sido protegidas.
O conselho de Palombo é freqüentar apenas praias com bandeira verde. Quem não resistir deve, ao menos, evitar ingerir a água e tomar um banho com sabonete depois. No fundo, os poluentes ficam menos concentrados.
"Funciona como uma praia do litoral. Muitas estão poluídas e a represa tem lugares muito bons", compara Ricardo Munhoz, dono de escola de vela.


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