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COTIDIANO
Há suspeita de mais 20 casos; Estado não registrava óbitos por doença desde 2002
Rio confirma três mortes
por dengue neste verão
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de dois anos sem mortes, a dengue voltou a fazer vítimas no verão carioca. Desde dezembro, segundo a Fiocruz, já foram três óbitos confirmados pela
doença, sendo dois na capital e
um no município de São Gonçalo,
região metropolitana do Rio. Todos os casos ocorreram nos últimos 30 dias, entre a segunda
quinzena de dezembro e a primeira deste mês.
O óbito mais recente confirmado pela Fiocruz e pela Secretaria
Municipal de Saúde foi o do aposentado Antônio de Jesus de Assis, 52, que morreu no dia 23 de
dezembro. O exame que comprovou que ele morreu de dengue só
ficou pronto na semana passada.
Fiocruz e secretaria, no entanto,
divergem sobre a confirmação de
um terceiro caso, que seria o segundo na capital. Segundo o pesquisador Anthony Enrico, já há a
confirmação de que uma mulher
morreu por causa da doença em
Jacarepaguá, bairro da zona oeste
do Rio onde estão concentrados
os casos de dengue neste verão.
Ontem pela manhã, no entanto,
nem o ministro da Saúde, Saraiva
Felipe, nem o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro,
Ronaldo Cezar Coelho, confirmaram o registro desse terceiro caso
de morte no Estado, segundo no
município.
Até o momento, foram registrados 50 casos de dengue em janeiro. No ano passado, durante todo
o mês de janeiro, foram 58. Apesar da perspectiva de aumento e
das mortes confirmadas, esse patamar ainda está longe do verificado em 2002, quando o município teve 65 mortes por dengue.
Nos dois anos seguintes, não houve mortes pela doença.
"Há ainda suspeita de mais 20
casos, mas ainda não é possível falar de risco de epidemia", disse
ontem Enrico, da Fiocruz. O secretário municipal de Saúde também afirmou que não se pode ainda falar de epidemia.
Saraiva Felipe, presente ontem
no Rio para o lançamento da
campanha de doação de ossos,
disse que pediu a autoridades
municipais e estaduais a confirmação dos óbitos. A solução, segundo ele, não está no aumento
do número dos agentes de saúde
na capital fluminense, mas na intensificação do trabalho nos domicílios.
"O Rio tem 15 mil agentes para
fazer visita domiciliar de combate
a dengue. É preciso organizar e intensificar o trabalho, orientando
os moradores sobre água parada
em vasos, jardins e piscinas sem
tratamento", afirmou. Coelho, da
Secretaria Municipal de Saúde,
também diz acreditar que a saída
está na educação da população.
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