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RACISMO
18 são acusados de matar adestrador
Promotor denuncia skinheads por morte
ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local
O Ministério Público denuncia
criminalmente hoje, por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e formação de
quadrilha, os 18 skinheads presos
sob a acusação de espancar e matar o adestrador de cães Edson
Neris da Silva, 35.
O delegado titular da 1ª Seccional, Jorge Carlos Carrasco, apresentou na tarde de ontem o inquérito do caso, com 300 páginas,
ao promotor de Justiça Marcelo
Milani. Segundo Milani, se o Tribunal do Júri acatar todas as denúncias, a pena dos acusados pode chegar a 56 anos.
Silva foi morto na madrugada
do dia 6 de fevereiro. Segundo testemunhas, ele foi espancado por
um grupo de skinheads na praça
da República, na região central de
São Paulo.
O adestrador de cães estava andando na praça de mãos dadas
com o operador de telemarketing
Dário Pereira Netto, 34, que conseguiu fugir.
Horas depois, um grupo de skinheads foi detido em um bar da
rua 13 de Maio, na Bela Vista. Um
deles, Vanderley Cardoso de Sá,
33, foi reconhecido na semana
passada pelo empresário C.A.B.
como sendo a pessoa que voltou
ao local para chutar a vítima que
já agonizava.
Julgamento
Segundo o promotor Marcelo
Milani, a denúncia do Ministério
Público apresentará o homicídio
como triplamente qualificado
porque ele foi cometido por motivo torpe (Silva e Netto estavam de
mãos dadas), pela impossibilidade de defesa da vítima e pelo uso
de meio cruel (espancamento até
a morte).
A tentativa de homicídio será
feita em razão das agressões que
Netto teria recebido.
A denúncia será recebida pelo
presidente do Tribunal do Júri,
José Ruy Borges Pereira, que pode
ou não acatar as acusações feitas
pelo promotor. Se for acatada, os
18 skinheads deverão ir a julgamento.
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