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GOLPE
Motoboy é preso; líderes da quadrilha estariam foragidos
Polícia encontra laboratório de clonagem de cartões de banco
ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local
A polícia encontrou um laboratório usado por estelionatários
para clonar cartões magnéticos de
bancos em São Paulo. O clone
permitia tirar dinheiro da conta
de correntistas.
Na casa apontada como sede da
falsificação, em Itaquera (zona
leste), a polícia apreendeu cerca
de 600 cartões, sem a identificação do banco, com tarjas magnéticas limpas. Parte deles já tinha
dados das vítimas.
O motoboy Feliciano Dato Júnior, 27, foi preso ontem à tarde
acusado de estelionato. Ele não
quis dar entrevista.
O delegado Nelson Silveira Guimarães, da 7ª Delegacia Seccional,
acredita que os líderes da suposta
quadrilha ainda estão soltos.
"Não acreditamos que ele seja o
mentor, mas apenas um trabalhador braçal", disse.
O sumiço de dinheiro das contas correntes dos paulistanos lidera desde o ano passado as queixas
contra bancos recebidas pelo Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
Pelo menos 20 pessoas participavam da operação, segundo a
polícia. Olheiros ficavam nos
bancos observando clientes e
anotando número de conta e senha. Os dados eram passados ao
motoboy, apontado pela polícia
como o técnico -ele seria o encarregado de gravar as informações em cartões "virgens", por
meio de um computador.
A polícia não descarta a participação de funcionários de bancos.
A quadrilha seria especialista
em clonar cartões magnéticos do
banco Itaú, mas também teria
atuado em agências do Banco do
Brasil, Santander e Bradesco.
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