São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2000


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GOLPE
Motoboy é preso; líderes da quadrilha estariam foragidos
Polícia encontra laboratório de clonagem de cartões de banco

ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local

A polícia encontrou um laboratório usado por estelionatários para clonar cartões magnéticos de bancos em São Paulo. O clone permitia tirar dinheiro da conta de correntistas.
Na casa apontada como sede da falsificação, em Itaquera (zona leste), a polícia apreendeu cerca de 600 cartões, sem a identificação do banco, com tarjas magnéticas limpas. Parte deles já tinha dados das vítimas.
O motoboy Feliciano Dato Júnior, 27, foi preso ontem à tarde acusado de estelionato. Ele não quis dar entrevista.
O delegado Nelson Silveira Guimarães, da 7ª Delegacia Seccional, acredita que os líderes da suposta quadrilha ainda estão soltos. "Não acreditamos que ele seja o mentor, mas apenas um trabalhador braçal", disse.
O sumiço de dinheiro das contas correntes dos paulistanos lidera desde o ano passado as queixas contra bancos recebidas pelo Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
Pelo menos 20 pessoas participavam da operação, segundo a polícia. Olheiros ficavam nos bancos observando clientes e anotando número de conta e senha. Os dados eram passados ao motoboy, apontado pela polícia como o técnico -ele seria o encarregado de gravar as informações em cartões "virgens", por meio de um computador.
A polícia não descarta a participação de funcionários de bancos.
A quadrilha seria especialista em clonar cartões magnéticos do banco Itaú, mas também teria atuado em agências do Banco do Brasil, Santander e Bradesco.



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