São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2001

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RIO 2

Comissão da Alerj ouviu o representante da Carrefour

Diretor do hipermercado afirma que orientação é chamar a polícia

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor jurídico do Carrefour, João Carlos de Figueiredo Neto, disse ontem que a empresa sempre orientou seus funcionários a chamar a polícia quando ocorressem casos de furto.
Ele afirmou ainda que a empresa desconhece a existência de acordos com traficantes para punir ladrões.
Figueiredo Neto se reuniu com membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) e da ONG Centro de Direitos Humanos Justiça Global.
O objetivo era discutir o caso das duas mulheres que foram flagradas furtando mercadorias da unidade de Jacarepaguá e que, de acordo com depoimentos na polícia, foram mantidas em cárcere privado até a chegada de traficantes da favela Cidade de Deus.
Geni Ribeiro Barbosa, 37, afirmou ter sido levada para a favela, onde teria sido espancada.
Segundo Figueiredo Neto, o que aconteceu na filial foi um ato isolado e partiu de uma atitude do gerente-geral da unidade, Joaquim Antônio Almeida da Silva.
Ele também negou que o hipermercado fornecesse cestas básicas aos moradores da favela para manter uma política de boa vizinhança com os traficantes, como foi mencionado por Ronald Alves de Almeida, 18, preso no dia 8.
"Nós admitimos que houve um erro grave ali. (...) Queremos resolver o caso com transparência", disse o diretor.
O deputado Chico Alencar (PT), presidente da comissão, disse que a reunião foi convocada porque a posição do Carrefour em relação ao caso ainda estava muito "tímida".




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