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RIO 2
Comissão da Alerj ouviu o representante da Carrefour
Diretor do hipermercado afirma que orientação é chamar a polícia
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor jurídico do Carrefour,
João Carlos de Figueiredo Neto,
disse ontem que a empresa sempre orientou seus funcionários a
chamar a polícia quando ocorressem casos de furto.
Ele afirmou ainda que a empresa desconhece a existência de
acordos com traficantes para punir ladrões.
Figueiredo Neto se reuniu com
membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) e da ONG Centro de Direitos
Humanos Justiça Global.
O objetivo era discutir o caso
das duas mulheres que foram flagradas furtando mercadorias da
unidade de Jacarepaguá e que, de
acordo com depoimentos na polícia, foram mantidas em cárcere
privado até a chegada de traficantes da favela Cidade de Deus.
Geni Ribeiro Barbosa, 37, afirmou ter sido levada para a favela,
onde teria sido espancada.
Segundo Figueiredo Neto, o que
aconteceu na filial foi um ato isolado e partiu de uma atitude do
gerente-geral da unidade, Joaquim Antônio Almeida da Silva.
Ele também negou que o hipermercado fornecesse cestas básicas
aos moradores da favela para
manter uma política de boa vizinhança com os traficantes, como
foi mencionado por Ronald Alves
de Almeida, 18, preso no dia 8.
"Nós admitimos que houve um
erro grave ali. (...) Queremos resolver o caso com transparência",
disse o diretor.
O deputado Chico Alencar
(PT), presidente da comissão, disse que a reunião foi convocada
porque a posição do Carrefour
em relação ao caso ainda estava
muito "tímida".
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