da Reportagem Local

Barrar a ascensão das ""novatas". É com esse espírito que as escolas de samba mais antigas e tradicionais de São Paulo vão entrar no Sambódromo no próximo sábado.
Nos três últimos anos, o Carnaval paulistano teve duas campeãs relativamente novas, a Gaviões da Fiel e a X-9 Paulistana, que venceram em 95 e 97, respectivamente.
Para inverter o que parece estar se tornando uma tendência, as escolas apostam em uma fórmula consagrada: um enredo e um samba de fácil assimilação.
""Não adianta fazer um desfile correto se não há empatia com o público", diz Angelina Basílio, diretora da Rosas de Ouro. Para atingir sua meta, a escola manteve a tradição e escolheu um enredo intimamente ligado à cidade de São Paulo e homenageia o grupo Demônios da Garoa.
A busca da empatia com o público -que, obviamente, também é um objetivo das novatas- pode ser percebida pelos temas escolhidos este ano. Eles variam de mulher a samba (Rosas de Ouro e Nenê da Vila Matilde), passando pelo futebol (Gaviões da Fiel), pela imigração japonesa (Vai-Vai) e pela cultura ""country" (X-9).
"O fato de a cultura "country' ter sido assimilada pelo povo brasileiro é o que a aproxima do samba", afirma o carnavalesco da X-9, Augusto de Oliveira. Para transpor o universo dos caubóis e as festas de peão para a avenida, ele aposta em carros alegóricos de grande porte e com movimento. (MA)


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