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Ministério negociará ajuda do BNDES
FÁBIO TAKAHASHI
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O governo federal e a PUC de
São Paulo começaram ontem a
negociar uma ajuda à universidade, que vive sua pior crise financeira. O Ministério da Educação
se dispôs a intermediar um pedido de empréstimo ao BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas
a possível verba não deve reverter
nenhuma das demissões dos professores e funcionários.
A reitora da PUC, Maura Véras,
foi ontem a Brasília para apresentar a situação da universidade,
que deve R$ 82 milhões para os
bancos Bradesco e ABN Amro.
"A PUC é uma universidade
muito boa e tem papel simbólico
na história do país. Na época da
ditadura, permitiu que os intelectuais não saíssem do Brasil. Temos uma dívida com a PUC", disse o secretário da Educação Superior do MEC, Nelson Maculan.
Ele explicou que não haverá ajuda direta à instituição, pois seu orçamento atende às universidades
federais. "Na questão da dívida,
não podemos fazer quase nada.
Mas é possível fazer a interlocução com o BNDES." A idéia é o
banco estatal fazer empréstimo
com juros mais baixos que os de
mercado. "Está na nossa agenda
procurar o BNDES", disse Véras.
O arcebispo de São Paulo, dom
Cláudio Hummes, disse ontem a
representantes de docentes, funcionários e alunos que a hipótese
de recontratação dos demitidos
só será analisada se houver resposta positiva do BNDES.
Colaborou Ricardo Gallo, da Reportagem Local
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