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EDUCAÇÃO
Paralisação de alunos, docentes e funcionários foi aprovada em assembléia e tem início hoje; parte dos estudantes é contra
PUC terá greve conjunta contra demissões
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Professores, funcionários e alunos da PUC-SP aprovaram uma
greve das três categorias, a partir
de hoje, por tempo indeterminado contra os cortes -30% dos
docentes e servidores foram demitidos devido à crise financeira
da instituição, que deve R$ 82 milhões para os bancos Bradesco e
ABN Amro.
A decisão foi tomada ontem à
noite em assembléia que lotou o
Tuca, que comporta 672 pessoas.
Mas, embora alguns presentes à
assembléia cantassem um bordão
de unidade ("O movimento é unitário, é professor, aluno e funcionário"), a paralisação não tem a
adesão de todos os setores. Estudantes de direito, de economia e
administração e de relações internacionais, assim como professores de alguns departamentos, são
contrários ao movimento.
A falta de consenso ficou clara
na manifestação que os participantes da assembléia fizeram pelo
campus e pela rua Monte Alegre,
em frente à universidade, após o
encerramento.
Os simpatizantes da greve gritavam: "PUC! PUC! Nós vamos parar!", enquanto cruzavam com estudantes da FEA (Faculdade de
Economia e Administração), que
empunhavam faixas com os dizeres "Democracia não é quem grita
mais alto. Democracia é maioria"
e "Pela manutenção do diálogo
democrático, os alunos e professores da FEA são contra a greve".
Protesto
Aos gritos de "papa nazista,
dom Cláudio avalista" e "xô, Satanás, dom Cláudio nunca mais",
cerca de 50 estudantes da PUC-SP
fizeram um protesto, de manhã,
em frente à sede da Arquidiocese
de São Paulo. A manifestação durou cerca de duas horas, mesmo
tempo da reunião entre dom
Cláudio e representantes de funcionários, alunos e professores da
universidade.
Munidos com cartazes de papelão, nas quais apareciam dizeres
como "vergonha" e "PUC em luta" (com o "A" substituído pelo
"A" símbolo da anarquia), os estudantes chegaram à avenida Higienópolis, onde fica a arquidiocese, por volta das 11h.
Segundo uma das líderes da
manifestação, a estudante do terceiro ano de letras Mariana Campos, 23, o ato era uma forma de
mostrar que há resistência às decisões tomadas pela universidade.
Colaborou RICARDO GALLO, da Reportagem Local
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