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Para advogado de suspeito, investigação é parcial
ENVIADA ESPECIAL A CATANDUVA
O advogado José Luis de Oliveira Lima, que representa o
médico Wagner Rodrigo Brida
Gonçalves, disse ontem que a
retirada do caso da autoridade
policial que presidia as investigações e sua substituição informal pelo Ministério Público
"constituem-se em evidência
de que o caso vem sendo conduzido de maneira parcial".
"Na minha opinião é escandalosa a investigação feita pelo
Ministério Público, com a própria juíza participando, ouvindo testemunhas, inclusive. A
juíza tem de ter imparcialidade.
Ela vem dando entrevistas diárias a respeito dos fatos, o que
me parece ser uma conduta
inadmissível."
Diz o advogado: "É a primeira
vez em 20 anos de carreira que
vejo o Ministério Público invadindo, retirando, sem qualquer
fato concreto, a autoridade policial de uma investigação".
Oliveira Lima diz ter ouvido
"notícias" de que a mesma promotora que está conduzindo a
investigação -ele se refere a
Noemi Corrêa- é alvo de representação feita na Corregedoria Geral do Ministério Público por seu colega de Catanduva, o promotor Antonio Bandeira Neto.
A juíza Sueli Juarez Alonso e
o promotor Bandeira Neto não
quiseram falar à Folha.
Polícia Civil
Com relação às críticas feitas
por mães de supostas vítimas,
que afirmam que as delegadas
Maria Cecília de Castro e Rosana Vanni, da DDM (Delegacia
de Defesa da Mulher) de Catanduva, agiram premeditadamente no sentido de acobertar
a chamada "banda rica" da rede
de pedófilos que existiria na cidade, o delegado seccional de
Catanduva, Edson Antônio Ermenegildo, disse que "não recebeu nenhuma notificação referente à conduta das delegadas
-tanto em relação às investigações quanto ao atendimento".
O delegado afirmou "que as
mães podem levar as reclamações à 5ª Corregedoria Auxiliar
da Polícia Civil, para que as denúncias sejam apuradas."
Ainda de acordo com o seccional, "assim que chegaram as
primeiras informações sobre
pedofilia, a DDM do município
instaurou inquérito para apurar a denúncia. O inquérito foi
relatado em fevereiro, e dois
homens foram presos. As investigações correram normalmente, como em qualquer caso.
Existe um segundo inquérito
de pedofilia em andamento pelo Gaeco de São José do Rio
Preto."
(LC)
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